O corte de terceirizados foi apontado pelo governador
Paulo Câmara (PSB) como um dos caminhos para enfrentar o arrocho nas contas
públicas. A ação vem ocorrendo na prática, mas o governo estadual não sabe
precisar o número total de terceirizados na máquina estadual, nem o total de
desligados até agora. Responsável pela gestão de pessoal do Estado, a
Secretaria de Administração passou a bola para Controlaria de Gestão do Estado
(CGE) que, por sua vez, disse não ter condições de informar o quantitativo.

A assessoria da Secretaria de Desenvolvimento Social,
Criança e Juventude disse que não tinha autorização para citar o número de
terceirizados. As secretarias de Administração, Cultura e Cidades também não
repassaram os números. Outras secretarias não repassaram o total de
desligamentos, mas informaram o número do início da gestão: Transportes (sete
terceirizados), Meio Ambiente (52), Planejamento (34), Ciência e Tecnologia
(178), Desenvolvimento Econômico (28), Fazenda (523), Habitação (70) e Justiça
e Direitos Humanos (124).
Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de
Pernambuco, Renílson Oliveira, há uma "caixa preta" relativa aos
terceirizados. "A gente sempre pede um número preciso e o governo não
consegue nos dar. O que a gente ouve em mesas de negociação é que os
terceirizados e temporários chegam a 30% do número de efetivos, que é em média
102 mil servidores. É um número grande que gera a precarização do serviço público",
fala.
GASTOS - No
Portal da Transparência, no período que vai de janeiro a setembro de 2015, o
item "outros serviços de terceiros/pessoa física" contabiliza como
valor pago cerca de R$ 132 milhões e o item "outros serviços de
terceiros/pessoa jurídica" aponta R$ 1,129 bilhão. Considerando o mesmo
período, porém de 2014, os valores são de R$ 143 milhões (pessoa física) e R$
1,324 bilhão (pessoa jurídica).
O sindicato dos servidores cobra mais redução nos gastos com terceirizados. "Admitimos a terceirização em funções como a de vigilante ou serviços gerais, mas há muito terceirizado atuando como servidor administrativo em vagas que deveriam ser ocupadas via concurso público. O terceirizado sabe que não tem vínculo com o Estado e por isso não tem o mesmo compromisso do servidor", aponta Renílson Oliveira. (Com informações de Franco Benites - fbenites@jc.com.br – JC de 11/10/2015)
O sindicato dos servidores cobra mais redução nos gastos com terceirizados. "Admitimos a terceirização em funções como a de vigilante ou serviços gerais, mas há muito terceirizado atuando como servidor administrativo em vagas que deveriam ser ocupadas via concurso público. O terceirizado sabe que não tem vínculo com o Estado e por isso não tem o mesmo compromisso do servidor", aponta Renílson Oliveira. (Com informações de Franco Benites - fbenites@jc.com.br – JC de 11/10/2015)