Prefeitos e vereadores devem enfrentar uma campanha mais
curta e mais barata do que o habitual nas eleições do próximo ano. A partir de
agora, também pode ficar mais fácil mudar de partido para concorrer a algum
cargo público. Boa parte das mudanças são resultado da reforma eleitoral,
aprovada pelo Congresso e que aguarda a sanção da presidente Dilma Rousseff
(PT) até o final deste mês, tempo suficiente para as novas regras valerem já na
próxima disputa.
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Arte: JC/20/09/2015 - Clique na imagem para ampliar. |
Pelo texto aprovado, o período de campanha será reduzido
em 40 dias, os políticos vão poder mudar de partido até seis meses antes da
votação, candidatos serão escolhidos até dois meses antes do pleito e antes de
cada processo eleitoral pode haver uma janela de um mês para mudança de partido
sem perda dos mandatos. Em eleições municipais, o tempo do guia de TV e Rádio
será ampliado. Outra grande mudança deve ser o fim da doação de empresas para
campanhas eleitorais.
O financiamento empresarial até chegou a ser aprovado
pelos parlamentares, em uma regra que direcionava os recursos apenas para os
partidos que ficariam responsáveis por distribui-los entre os candidatos. O
modelo é chamado de "doação oculta", porque não permite saber que
empresas financiaram quais candidatos. Na última semana, porém, o Supremo
Tribunal Federal (STF) entendeu que a norma é inconstitucional.

Sobre a proposta do Legislativo, a expectativa é que
Dilma use a decisão do Supremo para vetar os artigos que tratam da doação
empresarial. O restante do projeto deve ser sancionado, até para que a
presidente não se desgaste com o Congresso, no momento em que um grupo de
parlamentares já articula um processo de Impeachment.
Uma das novas regras que seriam instituídas é a que cria um período de um mês em cada ano eleitoral para que políticos troquem livremente de partido sem correr o risco de perder os seus mandatos. (Com informações de Paulo Veras/Caderno Política, do JC de 20/09/2015)
Uma das novas regras que seriam instituídas é a que cria um período de um mês em cada ano eleitoral para que políticos troquem livremente de partido sem correr o risco de perder os seus mandatos. (Com informações de Paulo Veras/Caderno Política, do JC de 20/09/2015)