Para o pediatra Fernando
Oliveira, 2º vice-presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco
(Cremepe), o aumento da demanda por leitos pediátricos é reflexo da maior
exposição das crianças ao vírus, devido à retomada das atividades durante o
atual processo de reabertura socioeconômica.
"As crianças, que estavam em
casa nos primeiros meses da pandemia, voltam a sair com seus pais. Mas o pico
da pediatria ainda está por vir, especialmente se o retorno às aulas
presenciais não seguir um protocolo rígido", alerta Fernando.


No último dia 6 deste
mês, o Estado divulgou os dois primeiros casos da Síndrome, que tem como
sintomas febre persistente, pressão baixa, conjuntivite, manchas no corpo,
diarreia, dor abdominal, náuseas, vômitos e comprometimento respiratório entre
outros sinais.
FALTA REMÉDIO PARA TRATAR A SÍNDROME - Pernambuco
está sem estoque de imunoglobulina humana, um medicamento indicado no
tratamento de várias doenças e que tem sido usado também em casos de também
indicado em casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica,
associada à COVID-19. O desabastecimento, que ocorre também em outros Estados,
tem preocupado os Médicos, que cobram do Governo do Estado a garantia do uso da
imunoglobulina de forma precoce, assim que a síndrome for detectada.
Em nota à reportagem do Jornal do Commercio, a
Secretaria Estadual de Saúde informou que a obrigatoriedade do fornecimento da
imunoglobulina humana é do Ministério da Saúde (MS) e que, desde 2018, o envio
do medicamento está irregular pelo órgão federal. "Já há, inclusive, uma
ação judicial que obriga o MS a fornecer o produto ao Estado. Algumas unidades
de referência de Pernambuco ainda contam com estoque do insumo, mas a diretoria
de Assistência Farmacêutica não possui reserva do produto", confirma a Secretaria.
A reportagem entrou em contato com o Ministério para saber como estão os
estoques atuais de imunoglobulina, mas ainda não recebeu retorno. (Com informações de Cinthia Leite/JC Online. CONFIRA)