A partir de abril, os moradores de quatro municípios do Agreste de
Pernambuco vão receber água exclusivamente de caminhões-pipa por causa do
colapso de mais duas barragens da Região. O Sistema de Bitury e a Barragem de
Pedro Moura Jr. estão praticamente secos, com a estiagem que já dura cinco anos
na região semiárida.

Além das cidades da região de Belo Jardim, já são 11 os municípios
pernambucanos com a rede de distribuição de água completamente interrompida,
sendo abastecidos somente por caminhões. Mais 36 estão com severa restrição de
consumo por meio da rede, com rodízios, e usam parcialmente o recurso dos
caminhões para atender à população. Até o dia 18 de março, mais sete barragens
de Pernambuco estavam em colapso.

A tendência da crise hídrica no Agreste é piorar, de acordo com o
diretor regional do Interior da Compesa, Marconi de Azevedo. A principal
barragem que abastece a região, Jucazinho, está com 1,25% da capacidade. A
previsão da Compesa é que, se não chover o suficiente, o sistema só funcione
até maio. “Já estamos com 40 a 50 caminhões-pipa na região de Surubim, Município
onde está Jucazinho. Isso deve dobrar caso a barragem entre em colapso em
maio”, alerta o diretor.
A solução seria a Adutora do Agreste, que vai usar água do Rio São
Francisco para atender a 2 milhões de habitantes em 68 municípios, mas, segundo
o diretor regional do Interior, Marconi de Azevedo, a obra está parada desde o
ano passado por falta de recursos federais. “Era para estar pronta, mas faltam
aproximadamente de R$ 35 milhões a R$ 40 milhões por mês para terminar em 24
meses. Estamos recebendo de R$ 5 milhões a R$ 10 milhões”. Azevedo informou que
com o recurso que entra, só é possível atender o passivo com as empreiteiras. (Com informações do JC On line)