Faleceu nas primeiras horas da manhã de hoje em decorrência de complicações
provocadas por um câncer nos pulmões, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo,
o deputado federal Sérgio Guerra (PSDB), de 66 anos. O tucano estava internado há mais
de vinte dias na capital paulista. O velório deve ser realizado na Assembleia
Legislativa de Pernambuco (Alepe).
Sérgio Guerra filiou-se ao PMDB em 1981 e no ano seguinte
foi eleito deputado estadual. Em 1986, já pelo PDT, foi reeleito ao cargo. Em
1989, filiou-se ao PSB e ocupou os cargos de secretário estadual de Indústria,
Comércio e Turismo e de Ciência e Tecnologia no governo Miguel Arraes. Obteve
pelas urnas o cargo de deputado federal em 1990, reelegendo-se em 1994 e 1998.
Assumiu novamente a secretaria de Indústria e Comércio
entre 1997 e 1998, no último mandato de Miguel Arraes. Em 1999, deixou o PSB e
filiou-se ao PSDB, onde se mantém desde então. Participou do primeiro governo
Jarbas Vasconcelos em Pernambuco, ocupando a Secretaria Extraordinária.
Guerra disputou em 2002 o cargo de senador pelo PSDB de
Pernambuco. Foi o 2° colocado naquela disputa, eleito com 1.675.779 votos
(26,9% dos válidos) – eleito juntamente com Marco Maciel (PFL), o 1° colocado.
Nas eleições de 2006, foi o coordenador nacional da campanha presidencial de
Geraldo Alckmin.
Em 2010, foi o sexto candidato a deputado federal mais
votado em Pernambuco. Elegeu-se com 167.117 votos (3,79% dos válidos). Em 23 de
novembro de 2007, Sérgio foi eleito presidente do PSDB substituindo Tasso
Jereissati, cargo que ocupa desde então. Defende que o partido deve utilizar o
legado de Fernando Henrique Cardoso em sua atuação política.
À frente da sigla, coordenou as duas últimas campanhas
presidenciais tucanas – com Geraldo Alckmin, em 2006, e José Serra, em 2010. No
ano de 2012, Guerra implementou um processo de reestruturação do partido, que
se inicia por mudanças na comunicação. O PSDB passou a investir mais no uso das
redes sociais, como Facebook e Twitter, e também incrementou o diálogo com
diferentes setores da sociedade, como as mulheres, os jovens e os
sindicalistas.
Outra modificação idealizada por Sérgio na presidência do
PSDB é a adoção de eleições prévias para a escolha de candidatos majoritários,
quando 2 ou mais membros colocarem-se à disposição para o cargo. A medida deve
ser posta em prática em 2013, quando o partido definirá seu candidato à
sucessão da presidente Dilma Rousseff.