O Jornal Nacional de ontem, dia 15, trouxe uma reportagem que mostra a dura
realidade vivida na Saúde Pública do Brasil: a falta de recursos para conclusão
de obras e para o funcionamento de Unidades de Saúde.
Izaías visita obras da UPA em 2016. |
Aqui em Garanhuns, com obras orçadas em quase R$ 2 milhões de reais (R$ 1.940,702,
91), a UPA 24 Horas que está em fase final de construção, terá capacidade para
atender, em média, 300 pacientes por dia. A Unidade contará com área de
acolhimento com classificação de risco; 11 leitos de enfermaria e salas de
raio-x e inalação coletiva (nebulização). Todavia, de acordo com o Prefeito de
Garanhuns, o custo para a manutenção mensal da UPA é de mais de um milhão de
reais. Já o repasse do Governo Federal não representa nem 20% desse valor, o
que torna improvável que o Município consiga arcar com os custos de
funcionamento da Unidade, que depois de inaugurada receberá pacientes de
Garanhuns e de todas as cidades do Agreste Meridional.
“Não temos recursos atualmente e nem temos projeção para termos em 2018.
É preciso viabilizar os equipamentos, a manutenção, a folha de pagamento de
três turnos, enfim, o custeio geral da Unidade”, pontua o Prefeito Izaías
Régis, que complementa: “não adianta politizar essa discussão, escrevendo
bobagens ou falando o que não sabe nas rádios! Quando buscamos esse projeto em
2013, tínhamos uma realidade financeira totalmente diferente da que vivemos
hoje. Também não havíamos sido informados de que teríamos que atender a
população de todo o Agreste, mas sim, apenas de Garanhuns. Nós não suportamos
financeiramente a carga dos Municípios vizinhos! Além da crise financeira, toda
a sistemática do projeto foi mudada, inclusive passando a responsabilidade da
compra dos equipamentos para as Prefeituras. Assim fica muito complicado, já
que nem mesmo os repasses federais estão regulares”, chama a atenção o Prefeito
Garanhuense, registrando que são necessários mais de R$ 12 milhões de reais por
ano para manter a UPA 24 Horas em funcionamento.
“Já buscamos o Governo Federal para apresentar essa realidade (imagem ao lado). Estivemos em
Brasilia e participamos de uma reunião no Ministério da Saúde. Mostramos que
com um repasse de apenas 20% do valor total do custeio, não conseguiremos arcar
com os custos e certamente a UPA de Garanhuns, assim como outras 500, em todo o
Brasil, não funcionará”, alertou Izaías, que chegou a buscar a parceria do
Governador Paulo Câmara (PSB) para solução do problema, todavia não obteve
sucesso. “A realidade financeira é tão difícil que o Governo do Estado deixou
de repassar mais de R$ 2,8 milhões de reais para a Prefeitura de Garanhuns nos
últimos dois anos. São recursos do SAMU e da Farmácia Básica, que mesmo sem
recebermos, estamos mantendo em funcionamento para atender a população”,
apresentou Régis.
“Vamos seguir buscando! Tenho certeza que, nem que seja via Justiça,
através de ações contra o Ministério da Saúde, conseguiremos viabilizar uma
contrapartida maior do Governo Federal para que possamos concluir as obras,
equipar, contratar o pessoal e colocar a nossa UPA para funcionar e atender a
população. Afinal foi com essa finalidade que fomos em busca desse projeto”,
finalizou o Prefeito Izaías Régis.
Clique em player e confira a reportagem exibida no Jornal Nacional: