Tido como referência em todo o Estado pelo modelo de
Gestão Fiscal adotado na Prefeitura de Garanhuns, o Prefeito Izaías Régis (PTB)
passa atualmente pelo pior momento da sua Gestão, desde que começou a governar
Garanhuns, em 2013. É que por determinação da Justiça, estão bloqueados mais de
R$ 8 milhões da Prefeitura, montante que vem comprometendo as finanças do
Município.
“Estamos pagando por erros que foram cometidos no
passado, mas que depois de muita luta jurídica agora chegaram e vem
atrapalhando a nossa Gestão”, disse Izaías, em entrevista ao programa Falando
com o Agreste, da Rádio Marano FM. Ele se refere a liberação por parte da
Justiça, em forma de liminar, de recursos na ordem de pouco mais de R$ 10
milhões de reais, em 2012, provenientes de uma ação movida pela Prefeitura de
Garanhuns contra o Unibanco e outras instituições financeiras.
O valor, referente a recuperação de créditos
vinculados ao ISS, foi liberado e utilizado no fim da administração do
ex-prefeito Luiz Carlos de Oliveira. “Agora, o Unibanco, depois de recorrer da
decisão de 2012, ganhou na Justiça e tivemos mais de R$ 8 milhões bloqueados.
Ainda corremos o sério risco de ter mais dinheiro bloqueado, pois os R$ 10,2
milhões, recebidos pela Prefeitura, em 2012, estão sendo corrigidos
monetariamente”, chamou a atenção Izaías. Em caso de um novo bloqueio,
especula-se que a dívida total chegue a mais de R$ 17 milhões de reais. Os
valores bloqueados são provenientes de repasses federais, principalmente do
setor da Educação.
Segundo o Prefeito Garanhuense, já são três meses
que Garanhuns vive essa situação, por isso vem realizando constantes viagens a
Brasília, na tentativa de desbloquear os recursos, enquanto que a Assessoria
Jurídica do Município trabalha paralelamente na esfera judicial. “O nosso
direito é bom, porém estamos lutando contra grandes forças do mercado
financeiro, que são assessorados pelos melhores e mais influentes escritórios
de advocacia do País”, constatou Izaías.
Com o bloqueio, segundo Régis, a Prefeitura vem
tendo muita dificuldade para manter as finanças municipais em dia, existindo
até o risco de que demissões possam ocorrer. Ainda por conta do bloqueio, Izaías
revelou não ter tido condição de antecipar os 40% do 13º salário, como fez nos
anos anteriores; está atrasando o pagamento de prestadores de serviço e
fornecedores; teve de diminuir o ritmo de obras em andamento e vem apertando o
cinto em todas as Secretarias. “Se não recuperar esse dinheiro bloqueado e se
mais recursos forem sequestrados, precisaremos reduzir a folha de pagamento em
mais de R$ 2 milhões por mês”, alertou Izaías Régis.
Clique em player e ouça a Entrevista de Izaías Régis ao Falando com o Agreste na Integra:
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