Só um "tsunami" poderia fazer Jair Bolsonaro (PSL) não ser
eleito presidente da República no próximo domingo, dia 18, nas palavras do
presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro. Em entrevista ao Broadcast
Político/Estadão, ele afirma que o cenário aponta hoje para a vitória do
candidato do PSL na disputa contra Fernando Haddad (PT) nas eleições 2018.
"A grande dúvida, como não haverá debate na TV e os fatos são esses que
estão acontecendo, é qual vai ser a diferença (para Haddad)", diz Montenegro.
Na mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, divulgada na última
terça-feira, dia 23, Bolsonaro apareceu com 57% das intenções de voto contra
43% de Fernando Haddad (PT), em um cálculo que considera apenas os votos
válidos. A diferença entre os dois é de 14 pontos porcentuais, conforme o
levantamento.
A vantagem do vencedor dependerá da acomodação final de votos dos
eleitores que hoje se dizem indecisos e das abstenções, afirma Montenegro.
"As abstenções podem correr de uma forma homogênea ou ficarem maiores em
determinadas regiões", aponta. No último levantamento divulgado pelo Instituto
23,3% dos eleitores se dizem indecisos ou não responderam ao questionamento
sobre intenção de voto.
NORDESTE - O Nordeste, região que declara mais simpatia
por Fernando Haddad, pode registrar uma abstenção maior no segundo turno, diz o
presidente do Ibope. Como a eleição foi decidida logo na primeira etapa em
sete Estados nordestinos, parte do eleitorado pode ficar desmotivada à ir às
urnas por não haver um candidato ao governo estadual que puxe votos, argumenta
Montenegro.
A convicção de votos tanto do eleitorado de Bolsonaro quanto do eleitor
de Haddad dificulta um cenário de reversão no cenário, diz o dirigente do Instituto.
"A certeza de votos dos dois candidatos é muito grande, e eles são
antagonistas. Só um tsunami poderia fazer um eleitor do Haddad votar em
Bolsonaro e vice-versa. Há uma guerra desde o início entre o anti-PT versus o
PT.". (Com informações do Estadão Conteúdo/JC Online. CONFIRA)