sexta-feira, 19 de outubro de 2018

OPERAÇÃO ABISMO: Prefeito do Cabo é preso em Operação da Polícia Federal

 

O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PSB), foi preso em operação contra fraudes no instituto previdenciário, na manhã desta sexta-feira, dia 19. O mandado de prisão faz parte da Operação denominada "Abismo", da Polícia Federal (PF), busca a desarticulação de uma empresa que cometia fraudes em institutos previdenciários em vários estados do País.

De acordo com a PF, as investigações da operação tiveram início em março deste ano e apontam que foram transferidos mais de R$ 90 milhões de reais do Instituto Previdenciário do Cabo,  que antes se encontravam investidos em instituições sólidas, para fundos de investimento compostos por ativos “podres”. Isso significa que não tem lastro e com uma grande probabilidade de inadimplência futura. Este esquema coloca o risco de pagamento da aposentadoria dos servidores do Município e há possibilidade de já estarem prejudicados com a ação.

Nesta sexta-feira, houve cinco mandados de prisão no Estado, e até o fim da manhã, quatro já haviam sido cumpridas. Estão sendo cumpridos 18 mandados de busca, dois mandados de prisão temporária e quatro de prisão preventiva. O Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região autorizou o sequestro e o bloqueio dos bens e valores depositados em contas bancárias no nome dos investigados. Os suspeitos estão sendo indiciados por lavagem de dinheiro, associação criminosa, crimes financeiros, corrupção ativa e passiva. A pena desses crimes ultrapassa 30 anos de reclusão. Os presos serão levados para a sede da Polícia Federal, na área central do Recife, onde deverão prestar depoimento e serão encaminhados para o sistema prisional. Confira como funcionava o esquema clicando AQUI. (Com informações do JC Online. CONFIRA)



ESQUEMA

De acordo com a delegada da PF, Andrea Pinho, dentro do esquema havia uma empresa de fundos de investimentos que atuava de forma irregular. "Para conseguir captar clientes, ela se associou a lobistas, principalmente, aqui em Pernambuco, para fazer fundos de captação milionários. Como é o caso do instituto desta cidade, em que houve a transferência de quase cem milhões de reais", explica a Delegada.

De acordo com o também delegado da PF, Márcio Tenório, lobistas, funcionários, o prefeito e parentes ligados ao instituto previdenciário. "A gente nesse esquema, a associação criminosa, lavagem de dinheiro e crime contra ao fundo previdenciário. A investigação aponta que 50% de parte deste dinheiro já estava nesses fundos garantidos. Eles não poderiam mexer nesses fundos", confirma o Delegado.