sábado, 27 de outubro de 2018

ELEIÇÕES DESSE DOMINGO: “O Brasil terá dias muito Sombrios”, prevê Jornalista

 

Na opinião do experiente jornalista Inaldo Sampaio, que assina um dos Blogs Políticos mais respeitados do País, independente de quem ganhe as eleições presidenciais amanhã, dia 28, “o Brasil terá dias difíceis a partir de janeiro”. Confira o Editorial da Coluna Fogo Cruzado de hoje, dia 27/10/2018:

“Os brasileiros voltarão às ruas neste domingo (28) para escolher o seu presidente da República. Mais uma vez, estamos diante de dois caminhos, a mudança com Jair Bolsonaro ou a volta do governo petista com Fernando Haddad.

Havia outras opções de mudança bem mais palatáveis ao país como Geraldo Alckmin, Ciro Gomes e Álvaro Dias. Mas a maioria dos eleitores levou ao segundo turno um candidato assumidamente de direita e outro que é o “mais tucano” dos petistas, segundo definição do ex-presidente Lula.

Bolsonaro lidera as intenções de votos em todas as pesquisas e continua sendo o favorito para ganhar a eleição, apesar do seu passado homofóbico, racista, totalitário, saudosista da ditadura militar, e de sua idolatria pelo falecido coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o único brasileiro que o judiciário reconheceu até hoje como torturador. Ele soube capitalizar como competência o voto “antipetista” que é palpável em todas as classes sociais, dando uma pitada de “segurança” ao seu discurso, prometendo enfrentar os marginais com mão de ferro e tratar o MST como “movimento terrorista”.

Já Haddad prometeu aos brasileiros um governo desenvolvimentista como o do ex-presidente Lula, que lançou vários programas sociais que beneficiaram a população mais pobre como o Bolsa Família, por exemplo. Neste final de semana, Haddad se animou com a “virada” em São Paulo, onde Bolsonaro venceu com folga no primeiro turno. Mas ainda não se sabe se esta onda vai contaminar o resto do País.

Seja qual for o vencedor, o Brasil terá dias difíceis a partir de janeiro. Se der Bolsonaro, como as pesquisas indicam, ele terá uma oposição raivosa e enfurecida tanto no Congresso Nacional como fora dele. E se o vitorioso for Haddad, os bolsonaristas podem ressuscitar a tese de que as urnas eletrônicas não são confiáveis e partir para aquilo que o deputado Eduardo Bolsonaro (1,8 milhões de votos em São Paulo no primeiro) prometeu em Curitiba três meses atrás: fechar o Supremo Tribunal Federal com apenas um cabo e dois soldados. - por Inaldo Sampaio - Coluna Fogo Cruzado – 27 de outubro de 2018”.