terça-feira, 18 de julho de 2017

Governo define novo Valor do Salário Mínimo


A partir do dia 1º de janeiro de 2018, o salário passará a ser de R$ 979. Fixado pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada na última quinta-feira, dia 13, o reajuste de 4,48% deve gerar um impacto de R$ 12,7 bilhões nas contas do Governo no próximo ano e muito mais na economia do País. É que o salário mínimo, necessário para a indução de movimento do mercado nacional, também é usado como base para reajustar preços.

Mas, diante de um cenário de inflação baixa, pela primeira vez desde 2006 não devemos sentir tanto no bolso essa mudança. "A atual política de reajustes do salário mínimo tem vantagens e desvantagens. A maior desvantagem é que ele cria mais uma indexação na economia, já que seu valor é usado como referência em diversos benefícios sociais", analisa o professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Felippe Serigatti. Isso porque, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cerca de 48 milhões de pessoas no País têm rendimento referenciado no salário mínimo. Assim, ao repassar a inflação anualmente para tentar evitar a perda real do salário mínimo, o governo acaba pressionando diversos setores, que muitas vezes precisam reajustar seus preços, gerando inflação. "Quando você está em um ambiente de pressão de preços, o reajuste do salário mínimo funciona como lenha na fogueira. O custo dele reatroalimenta a alta de preços", resume o economista da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Thobias Silva.

Como as previsões de inflação para este ano têm permanecido abaixo do centro da meta de 4,5%, o reajuste do salário mínimo, não deve ter esse efeito de combustível sobre os preços. A última vez que isso aconteceu foi em 2006, quando a inflação oficial para o ano ficou em 3,14%. (Com informações e imagem do Jornal do Commercio. CONFIRA)