quinta-feira, 13 de julho de 2017

TRAGÉDIA EM GARANHUNS: Desabamento segue sob Investigação

 

Ainda sem informações concretas sobre a construção e habite-se de um prédio que desabou matando duas pessoas soterradas, na última segunda-feira, dia 10, a Prefeitura de Garanhuns informa que abriu um procedimento interno para levantar a documentação relativa à execução e regularidade da obra.

A edificação (o bloco C de um conjunto residencial de três prédios na Rua Desembargador João Paes, no bairro Aloísio Pinto) já havia sofrido desmoronamento parcial durante sua construção em 2008 e passou por vistoria há seis anos, quando o Município determinou serviços de manutenção. Na terça, peritos vistoriaram o local e os outros dois blocos foram evacuados. "O dia foi de mudança. A Prefeitura disponibilizou transporte para as famílias saírem do local. Os prédios ficarão interditados até que um responsável técnico se apresente dizendo que não há risco para os moradores", afirma o secretário-executivo de Defesa Civil, Fábio Antônio. "Outros imóveis ao redor, acredito que quatro, também foram afetados com o desabamento e precisaram ser interditados", pontuou Fábio.

Conforme a Prefeitura, "as famílias das vítimas que moravam no prédio receberão auxílio financeiro para locação de nova moradia, por três meses, podendo ser prorrogado, de acordo com avaliação técnica". Os moradores dos prédios vizinhos que não tiverem para onde ir também receberão auxílio pelo mesmo período. O desmoronamento do prédio será investigado pela Delegacia Regional de Garanhuns. Segundo o delegado Patrick Dias, ainda não se sabe o que motivou a queda. "Neste momento, são muitas informações chegando e temos de ter cautela para saber o que é um simples comentário ou o que de fato procede", explicou.

O servidor público municipal Antônio Arcoverde, 32 anos, e Edvaldo Soares, 66, morreram soterrados. A mulher de Antônio, a bióloga Genicélia Cardoso, 26, e a filha do casal, de apenas 20 dias, foram retiradas dos escombros. A mulher com pequenos arranhões e a bebê, ilesa. Familiares disseram que o casal procurava um novo apartamento para se mudar, devido aos problemas estruturais do prédio. (Com informações do Jornal do Commercio. CONFIRA)