Ainda sem informações
concretas sobre a construção e habite-se de um prédio que desabou matando duas
pessoas soterradas, na última segunda-feira, dia 10, a Prefeitura de Garanhuns
informa que abriu um procedimento interno para levantar a documentação relativa
à execução e regularidade da obra.
A edificação (o bloco C de um
conjunto residencial de três prédios na Rua Desembargador João Paes, no bairro
Aloísio Pinto) já havia sofrido desmoronamento parcial durante sua construção
em 2008 e passou por vistoria há seis anos, quando o Município determinou
serviços de manutenção. Na terça, peritos vistoriaram o local e os outros dois
blocos foram evacuados. "O dia foi de mudança. A Prefeitura disponibilizou
transporte para as famílias saírem do local. Os prédios ficarão interditados até
que um responsável técnico se apresente dizendo que não há risco para os
moradores", afirma o secretário-executivo de Defesa Civil, Fábio Antônio.
"Outros imóveis ao redor, acredito que quatro, também foram afetados com o
desabamento e precisaram ser interditados", pontuou Fábio.
Conforme a Prefeitura,
"as famílias das vítimas que moravam no prédio receberão auxílio
financeiro para locação de nova moradia, por três meses, podendo ser
prorrogado, de acordo com avaliação técnica". Os moradores dos prédios
vizinhos que não tiverem para onde ir também receberão auxílio pelo mesmo
período. O desmoronamento do prédio
será investigado pela Delegacia Regional de Garanhuns. Segundo o delegado
Patrick Dias, ainda não se sabe o que motivou a queda. "Neste momento, são
muitas informações chegando e temos de ter cautela para saber o que é um
simples comentário ou o que de fato procede", explicou.
O servidor público municipal
Antônio Arcoverde, 32 anos, e Edvaldo Soares, 66, morreram soterrados. A mulher
de Antônio, a bióloga Genicélia Cardoso, 26, e a filha do casal, de apenas 20
dias, foram retiradas dos escombros. A mulher com pequenos arranhões e a bebê,
ilesa. Familiares disseram que o casal procurava um novo apartamento para se
mudar, devido aos problemas estruturais do prédio. (Com informações do Jornal do Commercio. CONFIRA)