A Comissão Especial que
analisa a nova legislação do saneamento aprovou requerimento do deputado Federal
Fernando Rodolfo (PL) convidando a presidente da Compesa, Manuela Marinho, a
debater, em audiência pública, pesquisa que aponta toxina encontrada na água de
Caruaru como uma das causas do aumento dos casos de microcefalia provocada pela
zika entre 2014 e 2018.
A pesquisa, realizada pelo
Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ (Universidade Federal do Rio de
Janeiro) e pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, foi revelada no último dia
primeiro em reportagem do programa Fantástico, da TV Globo. Segundo a reportagem,
os exames constataram que a toxina produzida por cianobactérias, um tipo de
alga que prolifera em reservatórios sem saneamento adequado, agravou os casos
de microcefalia em mães infectadas pelo vírus zika em Caruaru.
“É preciso esclarecer as
responsabilidades da Compesa nas graves constatações da pesquisa”, justificou
Rodolfo. Seu requerimento convida também para a audiência pública os
realizadores da pesquisa – professores Patrícia Garcez e Stevens Rehen, da UFRJ
– e Renato Molica, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, que propôs a
investigação. Molica atuou no trágico caso, ocorrido em 1996, de 60 pacientes
do Instituto de Doenças Renais de Caruaru mortos por toxinas das cianobactérias
que contaminaram a água usada nas hemodiálises. (Com informações do Blog do Magno
Martins. CONFIRA)