sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Reforma de Escola Estadual em Águas Belas já dura 5 Anos

Em outubro de 2013, o G1 (Portal da Globo) mostrou que está atrasada a reforma da Escola de Referência em Ensino Médio Coronel Nicolau Siqueira, em Águas Belas. Atualmente os professores e os mais de 630 alunos da instituição ainda convivem com o descaso, desde 2009.

Pelo VC no G1, o estudante Sebastião Ferreira enviou dados sobre o trabalho, que deveria ter terminado em 2010. Segundo ele, “quase tudo está pronto, mas falta acabamento interno, janelas, energia nas salas e nos laboratórios”. Já a aluna Januacele Vieira viajou e, quando voltou, ficou decepcionada. “Eu passei aproximadamente seis meses fora, estudando no Canadá. E, ao regressar, vi que estava tudo do mesmo jeito. E ainda com uma quantidade de alunos maior e a escola sem o suporte adequado para recebê-los”, afirmou.

Em outubro do ano passado, a Secretaria de Educação do estado informou que um processo licitatório seria aberto em novembro para a continuação da obra, que prevê, no todo, a construção de 18 salas, uma quadra coberta e laboratórios. O ABTV 2ª Edição mostrou, recentemente, que este processo ainda está aberto, porém, a secretaria não informou um prazo para a conclusão dos serviços. Entretanto, ainda de acordo com a pasta estadual, “as aulas aconteceram normalmente ao longo do ano letivo de 2013, não tendo havido interrupção no calendário por causa das obras de ampliação e reforma da unidade” e “os 200 dias letivos [de 2014] serão cumpridos sem prejuízo aos alunos”.


Enquanto esperam o fim dos contratempos, alunos são acomodados em salas sem energia e com janelas sem vidro. E, segundo a gestora da instituição, Dorivânia Machado, o estabelecimento está ficando pequeno. “A quantidade de alunos vem aumentando paulatinamente. Então, nós não temos mais como comportar nas salas antigas e aí estamos usando as salas sem terminar. Mas, acreditando que venha realmente ocorrer o término da reforma”, falou.


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RELEMBRE O CASO - A Construcife, empresa que era a construtora da obra, comunicou que os problemas iniciais partiram do governo de Pernambuco, como a falta de especificação sobre o uso de dinamite no solo do lugar. “E nós passamos vários períodos sem receber. A gente tinha cerca de 50 pessoas trabalhando na reforma e ampliação da escola, além da construção da quadra, e ficou difícil de manter. Até hoje temos verbas a receber”, disse em outubro o engenheiro Mário Gustavo, responsável pela empresa.



Também à época da primeira reportagem, a Secretaria de Educação afirmou que já tinha efetuado os pagamentos pelos serviços previstos e não há pendências com a empresa. Já na nota enviada ao ABTV, explicou que “foram executados 61% da obra”, mas “foi rompido o contrato com a empresa Construcife e aberto um processo administrativo contra ela”.
Uma professora conversou com o G1 e pediu para não ser identificada, por medo de represália. Segundo ela, “fica difícil. Não temos estrutura de acordo com uma escola de referência”. Da estrutura de quando a instituição oferecia ensino regular, em 2009, há apenas outras nove salas de aula. Obras da escola iniciaram em 2009 e deveriam ter terminado em 2010. (Foto: Jael Soares/ G1 Caruaru)