Operação deflagrada pelo
Ministério Público de Pernambuco investiga desvio de R$ 18 milhões da
Prefeitura de Quipapá, na Mata Sul do Estado. Desse montante, R$ 3,5 milhões
são recursos federais. A Operação Gênesis teve a participação do Ministério da
Transparência, Controladoria Geral da União (CGU) e Polícia Civil. Foram
cumpridos 15 mandados de busca e apreensão. Os detalhes da operação serão
divulgados hoje pela manhã, dia 15, em entrevista coletiva.
Segundo o MPPE, foram
realizadas fraudes em licitações da Prefeitura, na contratação de serviços. O
esquema criminoso envolve empresários e funcionários públicos. Até ontem, dia
14, os nomes não haviam sido revelados. Ainda de acordo com o Ministério
Público, a organização criminosa agia de forma coordenada para garantir que as
licitações fossem vencidas por empresas fantasmas, provavelmente envolvidas no
esquema de fraudes. Além de Quipapá, mandados de busca e apreensão devem ser
cumpridos nas cidades de Garanhuns, Correntes, Terezinha e Caruaru, além do
Recife.
Na Prefeitura de Quipapá foram
recolhidos documentos e computadores. De acordo com o procurador-geral de
Justiça, Francisco Dirceu Barros, as fraudes ocorreram em vários setores da Administração
Municipal. “Quando se fala em fraude à licitação, a gente não tem um segmento
específico. A licitação é feita por um setor só e ela faz tudo. Atinge
educação, saúde, obras públicas. Sempre que tem fraude em licitação, servidores
também e pessoas privadas, porque as empresas vendem a um ente público. Então,
é um jogo. A corrupção é sempre um misto de servidor público com pessoas
privadas”, disse, em entrevista à Rádio Jornal.
A assessoria da Polícia Civil
disse que a operação é comandada pelo MPPE e ainda não há inquérito policial. O
prefeito de Quipapá, Cristiano Martins (PSB), foi procurado pela reportagem do
JC, mas não foi localizado. (Com
informações do Jornal do Commercio. CONFIRA)