Mirando em 2018, sete partidos
de oposição – Podemos, DEM, PSDB, PTB, PRB, PV e PRTB – se empenharam para
mostrar que estarão em um único palanque contra a reeleição do governador Paulo
Câmara (PSB) durante o lançamento do “Pernambuco quer mudar”.
O senador Fernando Bezerra
Coelho (PMDB) e o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), chegaram a
anunciar que jogarão neste time independente da posição. “Não há nada que possa
nos dividir”, garantiu o senador Armando Monteiro Neto (PTB). Oficialmente, o
PMDB não está na liga, por causa da disputa pelo diretório estadual que FBC
trava com Raul Henry, vice-governador do Estado. Fora do palco, a especulação é
sobre quem seria o candidato desse grupo ao Governo. Fernando, Armando,
Mendonça e o ex-ministro das Cidades Bruno Araújo (PSDB) são apontados como
opções. Até Elias Gomes (PSDB) se colocou na disputa. Nos bastidores, a
avaliação é que todos os partidos podem ter representante.
No cálculo, várias
candidaturas podem enfraquecer Paulo Câmara e garantir o segundo turno. Mas o
martelo só será batido em abril do ano que vem. Anunciado como o primeiro
diagnóstico sobre o Estado que subsidiará a elaboração do programa de Governo,
o evento teve um forte tom eleitoral. “Não tenho dúvidas de que vamos ganhar a
eleição do ano que vem”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho
(sem partido). “Dessa mesa vamos eleger o futuro governador de Pernambuco em
2018”, prometeu João Lyra (PSDB).
No manifesto divulgado durante
o encontro, o grupo atribuiu problemas como o desemprego e obras paradas ao
governador. O texto diz que Pernambuco se destacou na economia do Nordeste nos
governos de Jarbas Vasconcelos, Mendonça Filho, Eduardo Campos e João Lyra
Neto. Depois, “só retrocesso”. O texto também critica o aumento da violência no
Estado, lembrando que 2017 já acumula quase 5 mil homicídios. “Números de
guerra. A violência em Pernambuco é uma emergência social”, descreve.
O próximo encontro do grupo
será em Petrolina, dia 27 de janeiro. Na segunda quinzena de fevereiro, o ponto
de encontro deve ser Caruaru. “O formato é similar, incorporando nesses
encontros temas regionais. Por exemplo, uma obra que está parada na região ou
um surto maior de violência, nós vamos dar ênfase”, explicou Armando. “Hoje,
fizemos um debate sobre alguns temas, como a perda de competitividade de
Pernambuco. Vamos ter outros espaços para discutir temas como saúde e segurança
pública com mais profundidade”, listou Mendonça.
A POSIÇÃO DE PAULO - O governador Paulo Câmara (PSB) reagiu ontem
ao manifesto apresentado pela oposição. Para o socialista, o grupo está fazendo
“politicagem” antes do tempo. “Não é momento de estar fazendo campanha
política, não é momento de estar fazendo politicagem. Eu acho que não é momento
da gente buscar, diante de tantas dificuldades, oportunismo político para
questões que são tão sérias”, afirmou, após solenidade na Alepe. (Com informações e imagens do JC Online. CONFIRA)