domingo, 28 de janeiro de 2018

Lula será candidato mesmo Preso, diz PT


O PT decidiu registrar a candidatura do ex-presidente Lula (PT) ao Palácio do Planalto em 15 de agosto, último dia estabelecido pela Lei Eleitoral, mesmo se ele estiver preso nesta data. O cronograma do partido prevê a retomada das caravanas de Lula pelo País porque, se ele for impedido de disputar a eleição, seu nome somente será trocado na última hora.

Na última sexta-feira, dia 26, a defesa do petista entregou o seu passaporte na sede da Polícia Federal, em São Paulo, atendendo à determinação do juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal, que proibiu o pré-candidato à Presidência de sair do País e ordenou a apreensão do documento. Horas depois, os advogados recorreram ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) para reaver o passaporte. “A verdade é que não há nenhuma evidência, ainda que mínima, de que o paciente pretenda solicitar asilo político em qualquer lugar que seja ou mesmo se subtrair da autoridade da decisão do Poder Judiciário Nacional”, escreveram os advogados de Lula no documento. O ex-presidente estava de viagem marcada para a Etiópia, na África.

Com a confirmação da condenação de Lula em segunda instância, no último dia 24, os planos do PT ficaram comprometidos. Dirigentes e parlamentares do partido temem o encolhimento da legenda nas urnas, mas avaliam que, quanto mais Lula fizer campanha nas ruas – embalada pelo discurso da “vitimização” –, mais potencial ele terá de transferir votos para eventual substituto. Até agora, só há dois nomes cotados para esse posto nas fileiras petistas: o do ex-governador da Bahia Jaques Wagner e o do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. Com essa estratégia, o PT pretende radicalizar o discurso de que o ex-presidente é vítima de perseguição política para tirá-lo do jogo, mesmo sabendo de todas as dificuldades para reverter a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que o condenou a 12 anos e um mês de prisão.

Quatro integrantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo disseram que a Corte deverá dar prioridade máxima na avaliação do registro da candidatura petista. O calendário eleitoral prevê que essa inscrição tem de ser julgada pelo TSE até 17 de setembro. A Lei da Ficha Limpa define que serão considerados inelegíveis políticos com decisão de órgão judicial colegiado, como é o caso da 8ª Turma do TRF-4 que condenou Lula. Os petistas já foram informados de que, sem uma liminar do próprio TRF-4, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendendo a inelegibilidade de Lula, as chances de o TSE aceitar o registro da candidatura dele são mínimas. (Com informações do Jornal do Commercio. CONFIRA)