terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Morre aos 92 anos Armando Monteiro Filho. Ele era pai do Senador Armando Monteiro

 

ex-ministro da Agricultura e empresário Armando Monteiro Filho  faleceu na sua residência por volta das 6h na manhã desta terça-feira, dia 2. Aos 92 anos de idade, ele sofria de complicações no sistema respiratório e estava com a saúde debilitada. 

O corpo de Armando Monteiro Filho será velado das 16h às 19h desta terça, dia 2, na Capela Nossa Senhora das Graças, no Instituto Ricardo Brennand, bairro da Várzea. Nessa quarta, dia 3, às 10h, haverá uma missa no Cemitério Morada da Paz, em Paulista. A cerimônia de cremação será às 11h. O sepultamento deverá ocorrer na manhã dessa quarta, dia 3. O governador Paulo Câmara (PSB) decretou luto oficial de três dias em Pernambuco pelo seu falecimento.

IZAÍAS LAMENTA A MORTE DE ARMANDO MONTEIRO FILHO - O Prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB), amigo do Senador Armando Monteiro Neto há mais de 20 anos, fez questão de registrar seus sentimentos diante da morte do pai do Senador.

“Hoje, recebemos a triste notícia do falecimento do grande ser humano, Armando Monteiro Filho, pai do meu grande amigo, Armando Monteiro Neto. Conheci Armando Monteiro Filho, ainda antes de conhecer Armando Monteiro Neto. Um homem de inúmeras qualidades, um empresário e político extremamente ético. Participou ativamente da vida política do país, foi Ministro da Agricultura no governo de João Goulart na década de 60, foi deputado estadual e federal, sendo o mais votado em Pernambuco no ano de 1954. Homem de posses, mas com uma humildade latente. Comandou sua família sempre educando a todos com o seu exemplo. Um excelente filho, excelente pai, excelente marido, me solidarizo com cada um da sua família, neste momento de extrema tristeza. Peço a Deus que traga o conforto a todos. Estarei saindo daqui a pouco para o Recife, onde vamos acompanhar o velório deste grande homem”, registrou Izaías, em texto postado nas redes sociais.

Clique AQUI e confira a Trajetória Política de Armando Monteiro Filho.  






Armando de Queirós Monteiro Filho nasceu em 11 de setembro de 1925 em Recife, capital pernambucana. Desde 1945, quando ingressou na Escola de Engenharia da Universidade de Recife, tinha participação na política universitária contra o Estado Novo. Chegou a se eleger deputado estatual pelo Partido Social Democrático (PSD), porém foi impedido de assumir o mandato por ser genro pelo governador eleito, Agamenon Magalhães. Já em 1946 conseguiu se eleger para a primeira suplência do cargo de deputado estadual.

Em 1951, foi nomeado secretário estadual de Viação e Obras Públicas, onde permaneceu até 1954, quando assumiu uma vaga aberta na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Em 1954, foi o deputado federal mais votado do Brasil e se reelegeu em 1958. No seu segundo mandato, participou da elaboração do projeto que concebeu o Conselho de Desenvolvimento Econômico do Nordeste, que serviu de base para a criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Em 1951, no governo de João Goulart, Armando Monteiro Filho foi nomeado para o Ministério da Agricultura. Uma das marcas da sua gestão na pasta foi Fundo Federal Agropecuário (Ffap). Com a renúncia do primeiro-ministro do governo Jango, Tancredo Neves, em 26 de junho de 1962, reassumiu sua cadeira na Câmara dos Deputados. Nas eleições para o governo de Pernambuco em 1962, disputou o cargo, mas ficou em terceiro lugar, no pleito que teve como vencedor Miguel Arraes. Encerrou seu mandato de deputado federal em 1963.

Durante o regime militar, com a extinção dos partidos políticos pelo AI nº 2 e a instauração do bipartidarismo, Armando Monteiro Filho se filiou ao PMDB, partido de oposição e chegou a concorrer ao Senado Federal em 1966, mas não alcançou o pleito. Após o fim do partidarismo em 1979, ele se filiou ao PDT. Só voltou a concorrer a um cargo público em 1994, quando buscou uma vaga de senador. Em 1998, deixou o PDT e ingressou no PMDB.

Genro do ex-governador Agamenon Magalhães, era casado com Maria do Carmo Monteiro, com quem teve cinco filhos.