A decisão do Deputado Federal Jean Wyllys (PSOL-RJ)
de deixar o Brasil expôs, mais uma vez, as ameaças constantes aos políticos e
membros da sociedade civil que lutam em favor dos direitos humanos. As
intimidações provocadas pelos discursos de ódio e pelo avanço das milícias, por
exemplo, têm elevado o número de pedidos de proteção policial. Em Pernambuco,
57 policiais militares estão cedidos para fazer a segurança de políticos,
promotores de Justiça, juízes, profissionais da Secretaria-Executiva de
Ressocialização (Seres) e membros do Movimento Sem Terra. O levantamento,
por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), foi obtido com exclusividade
pelo Ronda JC.
Entre os integrantes do Ministério Público de Pernambuco que contam com
escolta policial há oito promotores – todos lotados em Municípios do Interior,
como Santa Cruz do Capibaribe, Carpina, Garanhuns,
Afogados da Ingazeira e Itaíba. No total há dez policiais cedidos para a
proteção de Prefeitos e Ex-prefeitos de Municípios como Vertentes, Brejão e Águas Belas. Também há PMs designados à segurança de alguns
profissionais da Seres, por conta de ameaças de detentos ou ex-detentos.
A Polícia Militar de Pernambuco explica que conta com um Comitê de
Segurança Institucional responsável poe analisar e tomar medidas protetivas a
membros e servidores que sofrem ameaças em virtude da atuação institucional.
“Deferida a implementação da segurança, a Polícia Militar realiza analise e
define a quantidade de policiais, veículos e horário. Após implantada a
segurança aproximada, são realizadas reuniões periódicas para avaliar a
continuidade ou não, a ampliação do nível de proteção ou a retirada da
segurança”, informou, em nota, a assessoria do Órgão. (Com informações do Ronda JC/JC Online. CONFIRA)