Entre Professores, Alunos, Vereadores e Representantes de Partidos e Associações, cerca de 3 mil pessoas, segundo dados da Polícia Militar, participam, na manhã de hoje, dia 15, do movimento em prol da Educação e contra
os cortes de recursos anunciados pelo MEC, que afetam as
Univesidades e Institutos Federais em todo o Brasil.
A concentração foi na Praça
Souto Filho (Fonte Luminosa). De lá, com faixas, cartazes e carros-de-som, os manifestantes
seguiram até o centro da Cidade, onde foram proferidos discursos contrários as
medidas adotadas pelo Governo Bolsonaro. "Esse movimento é um ato em prol
da educação. Nós estamos defendendo a educação do Brasil porque se esses cortes
se confirmarem, vai ser impossível fechar o ano com esse contingenciamento de
um terço daquilo que nos temos, daquilo que foi disponibilizado", frisou
o diretor da UAG/UFRPE, Airon Melo.
De acordo com o Professor
Airon, dos R$ 10 milhões que a UFRPE tinha de Orçamento
de Custeio para o ano de 2019, foram liberados apenas 40% desse montante. "Até
o final do ano eu teria mais 6 milhões a parcelar durantes os meses restantes.
Com o contingenciamento, tiraram R$ 3,7 milhões e é impossível terminar o ano
desse jeito, a não ser que decidamos cortar todas as aulas práticas, todos os
transportes, todas as diárias de administração da Universidade e cortar 74% dos
cargos terceirizados. Se isso acontecer vamos ficar sem limpeza, sem segurança
e sem transporte", complementou o Gestor da UAG/UFRPE, que teve que
demitir nesta semana 24 servidores terceirizados, que atuavam como motoristas e
nas áreas de segurança e de limpeza, para equilibrar as contas da Unidade
Acadêmica.
"Não
é por uma Categoria ou Instituição Específica, é pela educação! Por isso é
importante que Garanhuns se una a outros municípios do Brasil neste
momento", registrou o diretor geral do Campus do IFPE em Garanhuns, José
Carlos de Sá.
ENTENDA AS MEDIDAS DO GOVERNO FEDERAL - O Ministério da Educação (MEC) bloqueou, no final de
abril, uma parte do orçamento das 63 Universidades e dos 38 Institutos Federais
de Ensino. O corte, segundo o Governo, foi aplicado sobre gastos não
obrigatórios, como: água, luz, terceirizados, obras, equipamentos e realização
de pesquisas. Despesas obrigatórias, como assistência estudantil e pagamento de
salários e aposentadorias não foram afetadas.
No total, considerando todas as Universidades,
o corte é de R$ 1,7 bilhão, o que representa 24,84% dos gastos não obrigatórios
(chamados de discricionários) e 3,43% do orçamento total das Federais. Segundo
o MEC, esse Contingenciamento foi adotado porque a arrecadação de impostos está
menor do que o previsto. Ainda de acordo com o Governo Federal os repasses às Universidades
podem voltar a normalidade, caso a arrecadação volte a subir. (Com
informações e imagens do Portal V&C Garanhuns. CONFIRA)