Uma determinação judicial expedida no começo de outubro previa a
transferência dos detentos da Cadeia Pública de Capoeiras, à Cadeia de Pública
de Garanhuns, também no Agreste, enquanto houvesse a recuperação do prédio. Mas
parte da reforma na estrutura da cadeia foi realizada com os presos mantidos na
unidade.
No local as antigas grades das celas foram retiradas, a pintura da unidade
recebeu retoques, a parte elétrica e hidráulica foram consertadas e o muro
ganhou reforço. As obras ainda não foram concluídas, mas o procurador Olímpio
José de Oliveira (foto) avaliou o trabalho como positivo. "Segundo me informaram,
a reforma termina ainda esta semana. Pelo que pude observar, de modo geral, a
unidade apresenta boas condições", afirmou.
Situação bem
diferente da registrada em um laudo da Comissão de Defesa Civil de Pernambuco,
que constatou o comprometimento nas instalações da Unidade. A
situação da cadeia era inadequada para os presos. O documento mostrava uma infraestrutura
precária e com instalações elétricas expostas. Baseado no documento, o juiz
substituto Augusto Sampaio expediu liminar solicitando a reforma da cadeia
pública. "A situação da unidade feria a lei de execuções penais, que
garante ao preso uma cadeia decente. Onde haja, no mínimo, a preservação da
saúde dele", ressaltou o Juiz.
Além dos reparos, a liminar do juiz solicitava que, durante a
obra, os detentos fossem transferidos à Cadeia de Garanhuns. Entretanto, o
procurador Olímpio Oliveira entendeu que não seria necessário. Por isso,
compareceu ao Fórum da cidade levando um recurso contra a liminar. "O Juiz
vai analisar e submeter o recurso ao Ministério Público que foi o autor da
ação. O MP também deve se posicionar sobre a reforma se atendeu ou não as
expectativas" disse. (Do G1 Caruaru)