quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Familiares de acusado de atirar em Promotor dizem ter provas de que ele é inocente

No dia em que a polícia resolveu não se pronunciar mais sobre as investigações a respeito da morte do promotor de Justiça Thiago Faria Soares, de 36 anos, executado na última segunda-feira (16), familiares do suspeito quebraram o gelo. Defenderam a inocência do irmão e disseram ter provas de que ele não estava presente no momento do crime. A noiva da vítima, a advogada Mysheva Martins, também esteve na Delegacia de Águas Belas para prestar depoimento.


Durante a manhã, familiares de Edmacy Cruz Ubirajara estiveram na delegacia e defenderam a inocência de um dos homens apontados como assassinos do promotor. "Estou sentindo uma dor no coração que não desejo a ninguém. Meu irmão é inocente. Estamos sendo vítimas de calúnia e jogo sujo. Meu irmão se tornou um ícone para justificar a competência da Polícia Civil, que é ineficiente", desabafou o irmão do detento Carlos Ubirajara, de 60 anos. Segundo o parente, existem provas de que Edmacy não participou da execução. "Tenho uma prova, um comprovante de recarga de celular exatamente às 9h22. Ele não matou ninguém. Afirmo com todas as letras que este rapaz está sendo injustiçado, mas tenho certeza que vão chegar na verdade", disse.


O secretário-executivo de Defesa Civil de Pernambuco, Alessandro Carvalho, enviado especial para coordenar a força-tarefa de diligências, não quis se pronunciar sobre o caso, disse não ter autorização para divulgar detalhes da investigação. (Com informações do Diário de Pernambuco)


Clique em Mais informações e confira também a Entrevista da Mulher do acusado, publicada hoje no Jornal do Commercio:


“QUEREM UM BOI DE PIRANHA”

JORNAL DO COMMERCIO – - Vocês garantem que Edmacy Ubirajara é inocente. A senhora estava com seu marido no dia do crime?

SOLANGE RODRIGUES PEREIRA –- Do domingo para a segunda-feira, a gente dormiu na casa do meu pai, na Rua Padre Nelson, número 96. É quase vizinho à casa do prefeito, lá tem câmeras de segurança, pode pegar as imagens.

JC - O que vocês fizeram neste dia?

SOLANGE –- A gente saiu por volta de 7h30. Fomos na oficina ver o conserto do carro do meu filho e de lá chegamos na casa da minha irmã. Aí depois eu fui na farmácia colocar crédito no celular, e meu marido e ele foram abastecer o carro no posto de gasolina Santa Rosa, no Centro de Águas Belas.

JC –- Por quanto tempo ele ficou nesse posto?

SOLANGE –- Foi só tempo de eu carregar o celular. Coisa de uns 10 minutos. Em 10 minutos não dá para fazer nada, moço.

JC -– E depois disso?

SOLANGE -  Fomos para a comunidade de Santa Rosa, em Itaíba, onde moramos. A gente chegou lá umas 10h30.

JC - O que a senhora acha dessa acusação contra seu marido?

SOLANGE - É um absurdo. Estão querendo um boi de piranha. Meu marido nem tinha muita proximidade com Zé Maria. Foi uma coisa que pegou todo mundo de surpresa. Esse mandado de prisão que arrumaram contra ele foi de 2000, de um caso de um carro roubado. Meu marido cumpriu quase dois anos de pena no regime fechado e mais um ano e meio no aberto. É passado”.