quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Oposição impõe derrota ao governo Eduardo na ALEPE

Essa é destaque no JConline:  

“Em momento raro nos últimos sete anos, a pequena oposição na Assembleia Legislativa conseguiu, nesta terça-feira (15), derrotar o governo Eduardo Campos (PSB), utilizando uma manobra parlamentar que quase levou a arquivamento um pedido de autorização de empréstimo do Poder Executivo. A vitória teve valor simbólico para a oposição, que com dois deputados no plenário – Daniel Coelho e Terezinha Nunes (ambos do PSDB) – provocou a retirada de pauta do projeto, na sua segunda votação.

Ao notar a pequena presença no plenário, Daniel Coelho pediu votação nominal para o projeto de lei (nº 1635) que prevê a contratação de empréstimo de US$ 175 milhões junto ao Banco Mundial (Bird), e que tramita em regime de urgência. Ao entender a manobra, o governista André Campos (PSB, ex-PT) pediu verificação de quórum. Com 22 presenças – o quorum necessário era 25 –, o PL saiu de pauta para não ser arquivado, o que aconteceria se tivesse entrado em votação.

“O endividamento do Estado foi questionado várias vezes nesta Casa. Este empréstimos vai para o caixa geral, pois não diz a destinação final. Para nós, é para pagar dívida. Em 2012, houve um déficit primário de R$ 1 bilhão (gastos maiores que a arrecadação), que está sendo coberto com empréstimos”, acusou Daniel.

“Nós votamos contra as informações prestadas sobre a real situação financeira do Estado na Comissão de Justiça”, lembrou Terezinha.

A governista Raquel Lyra (PSB) refutou as afirmações, apresentando dados financeiros para contradizer os adversários. “Os US$ 175 milhões vão para a gestão das escolas integrais e a correção do fluxo escolar. É a renovação do Projeto Educar, executado na primeira fase. O Bird só desembolsa após o Estado bater as metas.

Além disso, pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) o governo está utilizando só 51% da sua capacidade de endividamento”, salientou. O empréstimo, se autorizado – o projeto deve voltar hoje à pauta de votação –, terá a garantia da União e contragarantia do Estado de Pernambuco”.