O presidente Michel Temer (MDB) afirmou à revista Istoé que
"seria uma covardia não ser candidato" e que pretende defender, ele
mesmo, o legado de seu Governo e a continuidade das políticas atuais. Na
entrevista, publicada na edição deste fim de semana, o emedebista lembrou que
todos os demais presidentes tentaram a reeleição. Não repetir esse gesto,
segundo ele, poderia passar a imagem de que estava se escondendo e que os
demais candidatos se sentiriam livres para "bater" em sua Gestão.
"Acho que seria uma covardia não ser candidato. Porque, afinal, se
eu tivesse feito um Governo destrutivo para o País eu mesmo refletiria que não
dá para continuar. Mas, pelo contrário, eu recuperei um País que estava
quebrado. Literalmente quebrado. Eu me orgulho do que fiz. E eu preciso mostrar
o que está sendo feito", afirmou Temer à Istoé.
Apesar dos índices baixos de popularidade, o presidente já havia
avisado a aliados que disputaria a eleição, como revelou o jornal O Estado de
S. Paulo, domingo passado. A informação havia sido antecipada pelo site BR18.
Temer avalia que o quadro político mudou com pré-candidaturas de Geraldo
Alckmin (PSDB) e Rodrigo Maia (DEM) e aposta na recuperação da economia e na
intervenção no Rio para se cacifar. Ele já havia dito nesta semana que sua
candidatura "não era improvável". Temer tem a seu favor o calendário
eleitoral, já que pela legislação ele não precisa deixar o cargo até abril para
concorrer - como acontece, por exemplo, com o ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, outro nome cotado para disputa do Planalto. (Com informações do Estadão
Conteúdo e JC Online. CONFIRA)