Diante
da pequena oferta e de informações relacionadas a diversos casos de
sub-notificações por falta de Testes, sobretudo nas cidades do Interior, desde a
última segunda-feira, dia 11, o Instituto de Medicina Integral Professor
Fernando Figueira (IMIP) passou a realizar testes de RT-PCR para detectar o
vírus da COVID-19.
Com
capacidade diária de analisar até 200 amostras de material biológico de
pacientes suspeitos do Novo Coronavírus, o Instituto poderá fazer cerca de 6
mil exames por mês, podendo atender a sua própria demanda, como também amostras
de pacientes de outras Unidades de Saúde. Atualmente, Pernambuco processa os
exames de RT-PCR no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PE); no IMIP;
no Genômika; na HLA e no Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz PE), além de
receber os resultados da rede privada.
Desde
o início da Pandemia, em meados de março, até ontem, dia 11, Pernambuco já
realizou 22.064 testes, desses, 13.768 foram confirmados como casos de
COVID-19. Ou seja: o Estado não testa sequer o dobro dos casos registrados. Nessa
segunda, dia 11, foram realizados apenas 684 testes em todo o Estado, segundo
dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).
Ainda segundo o Governo do Estado,
até a entrada do IMIP, Pernambuco possuía uma capacidade de realizar até 6.200
testes RT-PCR por semana, todavia, nas últimas oito semanas, segundo cálculos
realizados pelo Blog do Carlos Eugênio junto aos números publicados nos Boletins
diários da SES-PE, foram realizados, em média, apenas 2.758 testes, um déficit de
3.442 exames, que poderiam fazer diferença na vida de vários pacientes,
evitando, inclusive, que alguns avançassem para os níveis graves da COVID-19, e
até mortes.
O EXAME - O RT-PCR é considerado um exame classe ouro pela sua alta precisão. Nele é
coletada uma amostra de secreção da nasofaringe do paciente e levada ao
laboratório para uma busca minuciosa pelo material genético do SARS-CoV-2. É
indicado para quem apresenta os sintomas de 3 a 10 dias, sendo o 5° dia de
sintomas o mais ideal para essa coleta. Na rede privada, inclusive aqui
em Garanhuns, o RT-PCR tem um custo médio de R$ 300.
Vale
registrar que com a realização de mais testes, que além do Governo do Estado,
também deveriam ser disponibilizados pelas Prefeituras, teríamos a possibilidade
de melhor tratar os infectados, bem como uma maior transparência e segurança para
adotar medidas de retomada dos serviços e do comércio, já que a confirmação
real dos casos positivos da COVID-19 traria uma conseqüente diminuição da taxa
de mortalidade pela Doença no Estado, que até ontem, dia 11, era de pouco menos
de 8%, enquanto que Aqui no Agreste Meridional superava a marca dos 14%.