As escolas particulares de
Pernambuco – são cerca de 2.400, com 400 mil alunos matriculados e 20 mil
docentes – planejam entregar ao Governo, até a próxima sexta-feira, dia 3, uma
proposta de calendário de retomada das aulas específico para a Rede Privada.
Esse segmento educacional do Estado tinha a expectativa de que o Governo liberasse
as aulas presenciais a partir de meados de julho, mas o Governo anunciou que o decreto que suspende as aulas presenciais
terá validade até 31 de julho.
A entidade defende que os
extremos da educação básica retornem primeiramente: alunos do 3º ano do ensino
médio e da educação infantil. “A razão da série final do médio é por conta do
Enem e dos vestibulares. Para a educação infantil, há dois fortes motivos: o
fato de as crianças pequenas terem mais dificuldades em desenvolver as
atividades não presenciais e os pais, na grande maioria, estarão retornando aos
seus locais de trabalho e terão a real necessidade de levá-las à escola”,
ressalta José Ricardo.
Segundo o secretário de
Educação e responsável pelo planejamento dos protocolos da área educacional,
Frederico Amancio, o plano não vai diferenciar as redes. "Não haverá plano
de retomada das aulas diferente por rede. Será um plano único, onde todos terão
que seguir os protocolos", explica.
FACULDADES PARTICULARES - O
presidente do Sindicato das Instituições de Ensino Superior de Pernambuco,
Jânyo Diniz, defende que o Governo libere ao menos as atividades práticas este
mês. "Nossa preocupação é com os alunos que dependem de aulas práticas para
concluir o semestre letivo, sobretudo os que vão se formar. Porque o cronograma
de aulas, embora no modelo remoto, foi concluído no tempo previsto”, justifica.
"Entre 75% e 80% dos
alunos do ensino superior privado trabalham. Na prática, com a retomada das
atividades econômicas, eles já estão na rua. O Governo poderia pelo menos
liberar as atividades práticas, seguindo todos os protocolos de segurança. "Uma
alternativa seria realizar essas aulas práticas em horários que não impactassem
no trânsito”, explica Jânyo, que também é presidente do Grupo Ser Educacional.
O Estado possui cerca de 90 faculdades particulares, segundo ele. (Com informações de Margarida
Azevedo/JC. CONFIRA)