sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Seis viram réus no caso do Promotor assassinado em Águas Belas


Essa é destaque no Jornal do Commercio:

“Seis suspeitos se tornaram réus no caso da execução do promotor de Justiça Thiago Faria Soares, de 36 anos, em Itaíba, Agreste do Estado, em outubro de 2013. A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) foi recebida ontem pela 36ª Vara Federal em Pernambuco. O homicídio teve grande repercussão no Estado, ganhando destaque pelas brechas deixadas durante as investigações, que fizeram com que a Polícia Federal assumisse o caso em agosto do ano passado.

Na denúncia, José Maria Pedro Rosendo Barbosa, José Maria Domingos Cavalcante, Antonio Cavalcante Filho, Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva são colocados como réus pelos crimes de homicídio doloso contra o promotor e tentativa de homicídio de Misheva Freire (noiva da vítima) e Adauto Martins (tio de Misheva). O sexto réu, Genessy Carneiro de Andrade, responderá pelo crime de favorecimento pessoal. Ainda não há data para a primeira audiência com os réus ou para a fase de pronúncia para, só então, ser estabelecido o Tribunal do Júri.

O crime aconteceu no dia 14 de outubro de 2013. Thiago Faria foi morto a tiros de espingarda calibre 12 na PE­300. O Promotor conduzia o carro levando a noiva, Misheva Freire no banco do carona e Adauto Martins no banco traseiro, quando foi interceptado por um Corsa de onde partiram os disparos. Os dois passageiros conseguiram pular do veículo e não se feriram. O promotor morreu na hora.

Durante as investigações, o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo foi apontado como o mandante do crime. A motivação para a execução teria sido a disputa de terras com Misheva, que arrematou a fazenda de Rosendo em leilão supostamente com a ajuda de uma possível influência da Vítima. O fazendeiro, no entanto, sempre alegou inocência.

"A partir de agora vamos continuar lutando para provar a inocência de José Maria Pedro. Durante as investigações, a defesa não tem voz nem vez, mas agora, na Justiça, podemos questionar vários pontos. A Polícia se baseou o tempo todo em uma só versão e só encontrou os personagens para dar base. Mas não há nada que comprove o envolvimento dele no crime", avalia Leandro Ubirajara, advogado do principal acusado.

A Polícia Federal chegou a investigar a possibilidade de crime passional, envolvendo a Misheva e um ex­noivo, mas acabou se concentrando na motivação da disputa de terras, razão apontada pela Polícia Civil, primeira a investigar o crime”. (Publicado originalmente no JC, de 16/01/2015)