Essa é destaque no Jornal do Commercio:
“Seis suspeitos se tornaram réus
no caso da execução do promotor de Justiça Thiago Faria Soares, de 36 anos, em
Itaíba, Agreste do Estado, em outubro de 2013. A denúncia do Ministério Público
Federal (MPF) foi recebida ontem pela 36ª Vara Federal em Pernambuco. O
homicídio teve grande repercussão no Estado, ganhando destaque pelas brechas
deixadas durante as investigações, que fizeram com que a Polícia Federal
assumisse o caso em agosto do ano passado.
Na denúncia, José Maria Pedro
Rosendo Barbosa, José Maria Domingos Cavalcante, Antonio Cavalcante Filho,
Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva são colocados como
réus pelos crimes de homicídio doloso contra o promotor e tentativa de
homicídio de Misheva Freire (noiva da vítima) e Adauto Martins (tio de
Misheva). O sexto réu, Genessy Carneiro de Andrade, responderá pelo crime de
favorecimento pessoal. Ainda não há data para a primeira audiência com os réus
ou para a fase de pronúncia para, só então, ser estabelecido o Tribunal do
Júri.
O crime aconteceu no dia 14 de
outubro de 2013. Thiago Faria foi morto a tiros de espingarda calibre 12 na
PE300. O Promotor conduzia o carro levando a noiva, Misheva Freire no banco do
carona e Adauto Martins no banco traseiro, quando foi interceptado por um Corsa
de onde partiram os disparos. Os dois passageiros conseguiram pular do veículo
e não se feriram. O promotor morreu na hora.
Durante as investigações, o
fazendeiro José Maria Pedro Rosendo foi apontado como o mandante do crime. A
motivação para a execução teria sido a disputa de terras com Misheva, que
arrematou a fazenda de Rosendo em leilão supostamente com a ajuda de uma
possível influência da Vítima. O fazendeiro, no entanto, sempre alegou
inocência.
"A partir de agora vamos
continuar lutando para provar a inocência de José Maria Pedro. Durante as
investigações, a defesa não tem voz nem vez, mas agora, na Justiça, podemos
questionar vários pontos. A Polícia se baseou o tempo todo em uma só versão e
só encontrou os personagens para dar base. Mas não há nada que comprove o
envolvimento dele no crime", avalia Leandro Ubirajara, advogado do
principal acusado.
A Polícia Federal chegou a
investigar a possibilidade de crime passional, envolvendo a Misheva e um
exnoivo, mas acabou se concentrando na motivação da disputa de terras, razão
apontada pela Polícia Civil, primeira a investigar o crime”. (Publicado originalmente no JC, de 16/01/2015)