Depois de convidado, cancelado e reintegrado de última hora à
programação oficial do 28º Festival de Inverno de Garanhuns, o espetáculo “O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu”, finalmente foi apresentado, por duas
ocasiões, na Cidade, na tarde e noite de ontem, dia 27.
Logo depois de uma primeira apresentação, por volta das 17h30min, para
um público de cerca de 300 pessoas (que custearam a apresentação), os
organizadores do espetáculo receberam a cópia de um novo mandado de segurança
assinado pelo Desembargador Roberto da Silva Maia, determinando a suspensão do
espetáculo da grade oficial do Festival de Inverno, ou seja: com
recursos públicos do Governo do Estado.
Atendendo ao pedido da Ordem dos Pastores Evangélicos de Garanhuns (OPEGAR),
o Desembargador concluiu, no mandado de segurança, que a “peça viola o direito
líquido e certo ao sentimento religioso, ao retratar Jesus Cristo
indevidamente”. No começo da noite dessa sexta, Márcia Souto, presidente da
Fundarpe, recebeu a notificação. “Lamentamos a mudança da Justiça em tão pouco
tempo, mas não temos como não acatá-la ou incorreríamos em crime de
desobediência”, justificou. Com a decisão, foi revogada a decisão anterior do Desembargador
Silvio Neves Baptista Filho, que determinou a imediata reintegração do espetáculo
à grade oficial do Festival.
Apesar da retirada do apoio oficial do FIG, o Espetáculo teve uma
segunda sessão realizada de forma independente pelos produtores e
organizadores. “Jesus disse: vai ter peça sim. A liminar cancela da programação
oficial, mas vamos fazer outra sessão de maneira independente. Venham com
amor”, disse, minutos antes da sessão, o artista e ativista Chico Ludemir, um
dos responsáveis pela campanha de arrecadação de dinheiro para viabilizar a
peça na Cidade desde a primeira proibição. A tranquilidade, contudo, durou
pouco.
Enquanto a segunda sessão acontecia, iniciada às 21 horas, cerca de quarenta policiais em sete viaturas de polícia foram ao local do espetáculo acompanhados de um oficial informar da nova proibição. Houve exaltação de ânimos e discursos inflamados entre os presentes. A atriz Renata Carvalho interrompeu o espetáculo que acontecia debaixo de uma grande tenda montada pela Fundarpe numa casa da Cidade e deu continuidade ao monólogo numa área aberta, sob chuva. “Assim, há o entendimento de que o espetáculo não aconteceu sob o apoio oferecido pela Fundarpe”, disse Severino Pessoa, chefe de gabinete da Secretaria de Cultura de Pernambuco.
Mas enquanto os assentos eram retirados, a atriz Renata de Carvalho foi até o local onde elas estavam e alguns presentes, exaltados, chegaram a derrubar as cadeiras. Parte da plateia começou a gritar palavras de ordem e xingamentos como “Fundarpe fascista!”. Severino Pessoa precisou sair escoltado. Após a nova interrupção, a peça foi retomada na área ao ar livre, sem a utilização de equipamentos de som, cadeiras, toldos e iluminação.
Enquanto a segunda sessão acontecia, iniciada às 21 horas, cerca de quarenta policiais em sete viaturas de polícia foram ao local do espetáculo acompanhados de um oficial informar da nova proibição. Houve exaltação de ânimos e discursos inflamados entre os presentes. A atriz Renata Carvalho interrompeu o espetáculo que acontecia debaixo de uma grande tenda montada pela Fundarpe numa casa da Cidade e deu continuidade ao monólogo numa área aberta, sob chuva. “Assim, há o entendimento de que o espetáculo não aconteceu sob o apoio oferecido pela Fundarpe”, disse Severino Pessoa, chefe de gabinete da Secretaria de Cultura de Pernambuco.
Mas enquanto os assentos eram retirados, a atriz Renata de Carvalho foi até o local onde elas estavam e alguns presentes, exaltados, chegaram a derrubar as cadeiras. Parte da plateia começou a gritar palavras de ordem e xingamentos como “Fundarpe fascista!”. Severino Pessoa precisou sair escoltado. Após a nova interrupção, a peça foi retomada na área ao ar livre, sem a utilização de equipamentos de som, cadeiras, toldos e iluminação.
NOVO CAPÍTULO PARA HOJE – E após toda polêmica do Espetáculo,
inclusive com o clima de tensão nas duas apresentações de ontem, dia 27, de
acordo com informações da Rádio Jornal Garanhuns, o Presidente em Exercício e Primeiro
Vice-Presidente do Tribunal de Justiça
de Pernambuco, Desembargador Cândido Saraiva (imagem ao lado), manteve a decisão do Desembargador
Sílvio Neves Baptista Filho, deferida na última quinta-feira, dia 26, e
determinou que haja a reinclusão da peça à programação do FIG ainda hoje,
sábado, dia 28, último dia do evento. Caso a medida seja descumprida, o Estado e
a Prefeitura terão que pagar multa de R$ 50 mil. (Com informações do JC Online e da Rádio Jornal Garanhuns. CONFIRA)