Essa é destaque no Portal V&C Garanhuns:
Amparada numa recente decisão
do Supremo Tribunal Federal (STF), a 1ª Vara da Família de Garanhuns, através
da Juíza Maria Betânia Duarte Rolim, autorizou, em maio deste ano, que a
transsexual Renata Alexsandra Gonçalves de Souza, a Renata Síndica, pudesse alterar o nome e o sexo em seus Registros de Identidade e demais Documentos Civis. O
caso de Renata é o primeiro registrado em Garanhuns.
Nascida Renato Alexsandro
Gonçalves de Souza, Ela revelou que desde criança sempre se identificou mais
com a imagem feminina. Aos 14 anos, saiu de casa para fugir da intolerância
e do preconceito do pai, que não aceitava que o filho fosse homossexual.
Após sair de casa, iniciou um relacionamento com uma mulher e teve filhos, mas
percebeu que havia algo errado e que não estava feliz. Com 18 anos, se
separou da Mulher e foi viver com o atual companheiro, com o qual já tem uma
união estável de 24 anos.
"Passei por vários
constrangimentos. Esse foi um dos motivos pelo qual resolvi mudar a
documentação. Isso ocorria principalmente nas consultas em clínicas e
laboratórios. Eu mulher, vestida de mulher, quando chegava a minha vez, a
recepcionista chama Renato, e eu, e até as próprias moças, ficávamos
constrangidas", revelou a Síndica da Quadra X, do Condomínio Manoel Camelo,
localizado no bairro Francisco Figueira, a Cohab 2.
A transexual, que hoje está
com 40 anos, revela que se dá bem com seus filhos e com a ex-mulher, com a qual
ainda mantém contato. Porém, segundo Ela, o pai e a mãe, não aceitam que o
filho tenha adotado uma orientação sexual diferente daquela cujo corpo
masculino exteriorizava. "Sou feliz do jeito que eu sou! Só nasci
mulher no corpo errado. Não importa o sexo que eu tenho. A Lei é clara. Nossa identidade
de gênero não tem a ver com cirurgia, mas com a identificação social do que
achamos que somos. E eu sou mulher", pontuou Renata Alexsandra. (Com informações e imagens de http://www.vecgaranhuns.com/)