quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Professores do Curso de Direito protestam na AESGA. Maioria de Servidores não adere a Movimento


Dezenove professores que integram o Curso de Direito, da Faculdade de Direito de Garanhuns (FDG), entidade ligada a Autarquia do Ensino Superior de Garanhuns (AESGA), realizaram na tarde de hoje, dia 9, um ato em protesto contra medidas administrativas adotadas pela Instituição que, segundo eles, impactam diretamente nos vencimentos dos profissionais.

Durante o Movimento, realizado no pátio da Autarquia, foi divulgado o teor de uma Carta Aberta aos Alunos, em que os Docentes registraram que a Instituição vem atravessando “uma crise financeira” e que dentre as medidas adotadas para contensão de gastos estavam a “extinção dos seus tickets refeições”. Eles também registraram a possibilidade de cortes na gratificação de sala de aula, entre outras ações e posições.

Como alerta, os Professores do Curso de Direito também decidiram paralisar as atividades hoje, dia 9, e amanhã, dia 10. A Carta Aberta foi assinada pelos seguintes professores: Ana Júlia, Bruna Jaques, José Emerson, Diego Rodrigo, Erick Ramos, Fábio Guilherme, Jailton Melo Elias, João Lins, Hugo Chianca, Leonila Menezes, Marinalva Almeida, Marcela Leite, Orlando Ferro, Paula Calábria, Reinaldo Alves, Ricardo Bezerra, Rodrigo Freitas, Shirley Rosane e Thaminne Natália. O Movimento ganhou o reforço de alguns alunos.  

A POSIÇÃO DOS DEMAIS SERVIDORES DA AESGA – A posição da AESGA não foi repassada pela Presidência, e sim, através de uma Carta Aberta assinada por Servidores de todas as categorias daquela Instituição.   

De acordo com o texto distribuído à Imprensa, nos últimos sete anos não houveram quaisquer reduções salariais e os pagamentos dos servidores sempre foram creditados até o 5º dia útil do mês subsequente. “Não existem salários atrasados, uma vez que todos os vencimentos relativos à folha de pagamento do mês de setembro foram pagos na última sexta-feira, dia 5 de outubro”, pontua trecho da Carta.

Em relação a suspensão no pagamento do Ticket Alimentação, levado a conhecimento público pelos Professores, a carta assinada pelos Servidores registra que o beneficio foi suspenso, temporariamente, até março do próximo ano, conforme decisão do Conselho Administrativo da Autarquia, sendo extensivo as categorias: auxiliares e agentes administrativos, cargos comissionados e professores. Apesar de reconhecer que a medida chegou a ser cogitada, a Carta ainda garante que não haverá cortes na Gratificação de Aula dos Professores e sinaliza que as finanças da Instituição que atua a 48 anos, seguem sob controle.

A Carta Aberta dos Servidores da AESGA ainda garante o Movimento, encabeçado pelos dezenove professores do curso de Direito “não tem unanimidade”, já que a AESGA possui 163 servidores e que todas as informações contábeis da Autarquia Municipal  estão à disposição da sociedade através do Portal da Transparência daquela Instituição.     

Clique AQUI para conferir a Carta divulgada pelos Professores do Curso de Direito na Integra.  

A integra da Carta Aberta dos Servidores da AESGA pode ser conferida clicando AQUI .  










CARTA ABERTA AOS ALUNOS DA AESGA

Prezados alunos,  

“Há aproximadamente um mês fomos tomados de surpresa pela notícia de que a AESGA está passando por uma crise financeira.

Dessa forma, algumas medidas foram tomadas pela presidência da Autarquia com o aval da maioria do Conselho.

Dentre essas medidas extinguiram de forma impositiva os tickets refeições que recebíamos, contudo, tal medida não foi uniforme para todos os servidores da Autarquia. Assim, nós professores, fomos penalizados.

Ressaltamos que, mesmo assim, continuamos realizando nossas atividades com todo empenho e dedicação.

Ocorre que recentemente recebemos a notícia de um possível corte na nossa gratificação de sala de aula, ou seja, mais uma vez almejam como primeira medida a retirada dos nossos direitos.

Antes disso, já haviam cortado remuneração decorrente de atividade de extensão, bem como concessão de diárias para os professores participarem, inclusive com alunos, de eventos científicos.

Ensinamos a vocês cotidianamente como buscar a resolução dos conflitos através do direito e da justiça. Diante disso, como poderíamos ficar calados diante de tamanhas arbitrariedades? Portanto, a redução dos nossos vencimentos de forma impositiva é medida que repudiamos!

Ressalte-se que tais medidas vão de encontro à Constituição da República de 1988 e a Lei de Responsabilidade Fiscal, a qual determina que a primeira medida em casos como este seja o corte de cargos comissionados, dentre outras despesas desnecessárias.

Assim, de forma unânime, decidimos paralisar nossas atividades nos dias 9 e 10 de outubro de 2019, visando alertar a presidência da AESGA a cumprir estritamente o que determina a legislação vigente, abstendo-se de continuar retirando os nossos direitos.

Pedimos o apoio e a compreensão de todos.

Garanhuns, 9 de outubro de 2019

Professores: Ana Júlia, Bruna Jaques, José Emerson, Diego Rodrigo, Erick Ramos, Fábio Guilherme, Jailton Melo Elias, João Lins, Hugo Chianca, Leonila Menezes, Marinalva Almeida, Marcela Leite, Orlando Ferro, Paula Calábria, Reinaldo Alves, Ricardo Bezerra, Rodrigo Freitas, Shirley Rosane e Thaminne Natália”.



CARTA ABERTA DOS SERVIDORES DA AESGA

Em respeito aos estudantes, egressos, futuros estudantes, servidores, docentes, técnicos-administrativos, serviços gerais, prestadores de serviços, fornecedores e os demais que fazem a Autarquia do Ensino Superior de Garanhuns – AESGA, Instituição de Ensino Superior atuante há 48 anos, vimos esclarecer:

1º: Nós, que representamos a maioria do total de 163 servidores da AESGA (incluindo todas as categorias, bem como a maioria dos professores) asseguramos que não há unanimidade no “Movimento” realizado pelos 19 professores do curso de Direito na tarde desta quarta-feira, 9 de outubro de 2019;

2º: Respeitamos a decisão democrática dos estudantes em apoiar os professores na busca de seus direitos, desde que sejam expostos fatos verdadeiros em suas reivindicações e o respeito para com a comunidade acadêmica;

3º: Ressaltamos que a Faculdade está a todo momento buscando a melhoria estrutural, pedagógica e administrativa e, por este motivo, entendemos ser justo esclarecer os pontos levantamos no Ato, que está sendo divulgado nas redes sociais:

·         Mesmo com todo o cenário de crise em nosso País, nos últimos sete anos não houve qualquer redução dos salários dos servidores desta Instituição, creditado até o 5º dia útil do mês subsequente, conforme especifica a Lei;

·         Não existem salários atrasados, uma vez que todos os vencimentos relativos à Folha de Pagamento do mês de setembro foram pagos na última sexta-feira, dia 5 de outubro;

·         O Ticket Alimentação, benefício concedido aos servidores da Autarquia, foi suspenso, temporariamente, até março de 2020 conforme decisão do Conselho de Administração da AESGA, extensivo às categorias: auxiliares e agentes administrativos, cargos comissionados e professores;

·         Não houve corte na Gratificação de Sala de Aula do professor. Tal medida chegou a ser cogitada, porém, de imediato foi descartada.

Por fim, qualquer decisão já tomada ou que venha a ser adotada é definida nos Conselhos, Órgãos Superiores à Presidência, compostos por representantes de todos os cursos e categorias da AESGA, inclusive alguns dos professores que estão neste “Movimento”.

Ressaltamos ainda que todas as informações pertinentes à Prestação de Contas da AESGA estão disponíveis no Portal de Transparência da Instituição, podendo qualquer cidadão acessar e ter conhecimento sobre as ações desenvolvidas ao longo da trajetória institucional.

Entendemos que reivindicar diretos é justo, mas justiça se pauta em dados verídicos, impessoais, valorizando a ética e o respeito a todos.