Ainda que em silêncio e de
movimentos discretos, o ministro José Múcio Monteiro não anda de todo longe das
conversas, no Estado, sobre 2014. Empenha-se em diálogos nos bastidores.
Recentemente, debruçou-se
sobre conversa com um secretário estadual e esteve reunido com Eduardo Campos e
o presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa, na casa do governador.
Agora, que a postulação, ao
Governo do Estado, de Armando Monteiro Neto adquiriu nova consistência, há,
entre governistas e simpatizantes, quem aposte que o nome de José Múcio seria o
contraponto ideal para Campos apresentar ao projeto do petebista. Na bolsa de
apostas nas coxias, paira a teoria de que a candidatura de José Múcio poderia
“inutilizar” a de Armando - os dois são primos. Em 1986, José Múcio já foi
adversário - enfrentou Miguel Arraes pelo Governo de Pernambuco, o que
renderia, a Campos, argumento forte.
Já o Governador Eduardo Campos tem
investido no discurso de passar a borracha nas “velhas rinhas políticas”.
Adotou tal postura ao reatar com Jarbas Vasconcelos. A estratégia deu certo no
Estado e a escolha de José Múcio para sua sucessão, remontando a 1986, poderia
reforçar essa tese do “despreeendimento” . Eduardo seguiria com o trunfo de
estar conciliando o Estado.
Para Eudson
Catão (PSB), secretário executivo da CODEAM e amigo de longas datas de José
Múcio, o Ministro “é silencioso sobre politica, mas não deixa de ser solidário
com os amigos”. Catão esteve na residência de Múcio no último dia 7 de outubro,
quando ao tomar o café da manhã, conversou sobre os rumos de Pernambuco e a provável
candidatura de Eduardo a presidência da República.