A BRF assinou acordo com a Parmalat S.P.A (empresa
controlada pelo grupo francês Lactalis) para a venda da sua divisão de lácteos,
que inclui 11 fábricas no Brasil, além das marcas Elegê e Batavo. O valor da
transação foi calculado em R$ 1,8 bilhão, mas poderá sofrer ajustes. No pacote
de ativos vendidos está a fábrica da BRF em Bom Conselho, inaugurada em 2009
como a primeira unidade de lácteos da companhia no Nordeste. A notícia foi bem
recebida por representantes da cadeia produtiva do leite no Estado.
A BRF investiu R$ 150 milhões na fábrica pernambucana,
que começou sua produção comercial em junho de 2009, com foco apenas no leite
longa vida e depois ampliou a linha de produtos, incluindo achocolatados,
fermentados, iogurtes e bebidas lácteas. A unidade é uma das maiores indústrias
captadoras de leite da bacia leiteira do Estado, com capacidade para processar
200 mil litros de leite por dia.
Com essas aquisições da BRF, a Lactalis será a segunda
maior indústria de leite do Brasil, aproximando-se da Nestlé. A chegada da
empresa dará um impulso à profissionalização do setor. O consumidor ganha
porque a companhia está interessada em conquistar o mercado brasileiro e vai
apostar em inovação e novas tecnologias. “Também será bom para a bacia leiteira
porque se trata de uma empresa séria e de grande porte, que poderá lidar com os
momentos ruins do setor em Pernambuco”, observa o presidente da Leite Betânia, Bruno Girão. Sediada
no Ceará, a Betânia
tem fábrica no município
de Pedra, no Agreste pernambucano.
O empresário lembra da quantidade de reveses que a cadeia
leiteira do Estado vem sofrendo nos últimos anos. A compra da Cilpe pela
italiana Parmalat era aposta de melhoria da atividade, mas a empresa entrou em
dificuldades financeiras e foi vendida para a Bom Gosto. Depois, a Bom Gosto se
fundiu com a LBR (Lácteos Brasil) e também entrou em dificuldade. Hoje, está em
processo de recuperação judicial e de venda dos ativos (inclusive a fábrica de
Garanhuns), que está fechada e devendo aos produtores de leite da região.
“Nossa aposta é que essa nova empresa melhore a atividade na bacia, fazendo parcerias com os produtores, pagando um preço melhor pelo leite e privilegiando o produto de qualidade”, defende o presidente do Sindicato dos Produtores de Leite de Pernambuco (Sinproleite), Saulo Malta. (Com informações do Jornal do Commercio - Economia - 05/09/2014)
“Nossa aposta é que essa nova empresa melhore a atividade na bacia, fazendo parcerias com os produtores, pagando um preço melhor pelo leite e privilegiando o produto de qualidade”, defende o presidente do Sindicato dos Produtores de Leite de Pernambuco (Sinproleite), Saulo Malta. (Com informações do Jornal do Commercio - Economia - 05/09/2014)