quinta-feira, 7 de novembro de 2019

PLANO MAIS BRASIL: Se PEC emergencial for Aprovada, Pernambuco pode Cortar Salários de Servidores

 

Pernambuco e mais 13 estados poderão cortar os salários e a carga horários dos servidores públicos, além de outras medidas de ajuste nos gastos públicos, caso a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) Emergencial, apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) seja aprovada no Congresso. 

Essas Unidades Federativas se enquadram nas condições previstas na proposta para tomar essas medidas, de acordo com dados do Tesouro Nacional. A PEC determina que elas devem entrar em vigor quando as operações de crédito do Governo Federal superarem as despesas de capital em um ano e, para os Estados, quando as despesas excederem 95% da receita, também em um ano.

Além de Pernambuco, estão inclusos na lista Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Maranhão, Mato Grosso, Distrito Federal, Tocantins, Goiás, Sergipe, Santa Catarina, Bahia, Acre e Piauí. Minas está em uma pior situação, estado onde os gastos correspondem a 107,6% da arrecadação. A PEC emergencial é uma das três que integram o Plano Mais Brasil, a que o ministro da Economia, Paulo Guedes classifica como agenda de transformação do Estado. 

O Governo espera que a PEC Emergencial seja aprovada ainda em 2019. No caso de aprovação, as medidas passam a valer imediatamente, com vigência de dois anos. 

Durante evento do Consórcio Nordeste, nesta quarta-feira, dia 6, o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou que não foi possível analisar todos os itens do Plano Mais Brasil entre os governadores nordestinos. "vamos analisar esses projetos, vamos dar as devidas colaborações a ele, emitir as nossas opiniões e ver o que é possível ajudar a melhorar os serviços públicos oferecidos ao Brasil, agora vamos estar muito atentos a esses temas que foram colocados porque eles envolvem muitas questões e precisam ser muito bem amadurecidos e discutidos", considerou Paulo. 

A proposta prevê a tomada de medidas temporárias e permanentes, no caso de enquadramento dos estados às condições estabelecidas. Clique AQUI para conferir os impactos da PEC Emergencial.





TEMPORÁRIAS

Proibição de promover funcionários (com exceções), dar reajuste, criar cargo, reestruturar carreira, fazer concurso e criar verbas indenizatórias

Suspende criação de despesas obrigatórias e de benefícios tributários

Permite redução de 25% da jornada do servidor com adequação dos vencimentos

Suspensão de repasse dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

Congelamento do salário mínimo: se aprovada em 2019, salário mínimo não terá aumento real em 2020 e 2021. Correção deverá ser apenas pela inflação.

Congelamento de progressão: Vedação da progressão de carreira por dois anos. Se no momento da aprovação da PEC emergencial falta um ano para um servidor chegar ao nível seguinte da carreira, esse mesmo ano precisará ser cumprido quando o “regime emergencial” chegar ao fim.
Exceções: Mesmo em emergência fiscal, poderão ser promovidos funcionários da diplomacia, judiciário, Ministério Público, policiais e militares. 

PERMANENTES

A PEC também prevê a implementação de uma série de medidas permanentes de reajuste, muitas delas também previstas nas mudanças do pacto federativo:

Reavaliação de benefícios a cada quatro anos – no âmbito federal, eles serão limitados a 2% do PIB a partir de 2026

Possibilidade de incluir no Orçamento a adequação à regra de ouro (que proíbe o governo de emitir dívida para bancar despesas correntes, como salários)

Inclusão de despesas com pensionistas no limite de despesas com pessoal

Definição de indicadores, níveis sustentáveis de endividamento e trajetória de convergência da dívida por meio de lei complementar.

Com informações e imagem do JC Online. CONFIRA