quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Reajuste Salarial dos PMs será definido até 4 de Fevereiro. Governo promete 1.500 Policiais nas ruas em Agosto

 

Quatro de fevereiro. Esta é a data limite para que o reajuste salarial de policiais e bombeiros militares esteja definido pelo Estado. O prazo vem logo após o início do ano legislativo, quando projeto com o aumento será encaminhado à Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE). Até lá, os números estarão sendo estudados pelo núcleo do Governo, segundo informou nesta quarta-feira, dia 4, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Carlos D’Albuquerque, em entrevista coletiva.

“A gente não pode ter pressa. Os números estão sendo construídos. Recebemos a demanda da categoria, estamos estudando seu impacto e vamos chegar a uma proposta que seja viável aos cofres do Estado. Não adianta avanços que o Estado não possa honrar”, afirmou o comandante, lembrando que o efetivo é grande. São mais de 21 mil militares na ativa e cerca de 19 mil inativos. Ainda hoje está marcada nova reunião do grupo.

Segundo o coronel, a reivindicação da categoria tem base em dois pilares que estão sendo considerados no estudo: a isonomia com os policiais civis e o subsídio salarial – quando todas as gratificações são incorporadas ao salário. Apesar de defender a isonomia, os militares apresentaram proposta de reajuste superior. Nela, o salário base de soldado passaria de R$ 3,2 mil para R$ 6,1 mil em julho de 2018, enquanto o dos civis vai ser de R$ 3,9 mil. Já o de coronel passaria de R$ 13 mil para R$ 26,1 mil em 2018, equiparando-se ao de delegados.

Questionado se a proposta final seria apresentada à categoria antes de ser encaminhada à Alepe, o Comandante respondeu que isso acontecerá se o resultado for muito diferente do que foi pedido pela classe. Conforme o Coronel, a segurança da população estará garantida, mesmo os policiais mantendo a operação-padrão, pois houve suspensão das férias e readequação das escalas de serviço. 

Com relação ao aumento de efetivo, D’Albuquerque informou que 1.500 soldados concursados iniciam curso de capacitação em 16 de janeiro e outros 1.500 aprovados serão convocados em agosto, quando a primeira turma irá para as ruas.

Apesar disso, afirmou que o Programa de Jornada Extra de Segurança (Pjes) – que corresponderia a quase 50% do policiamento ordinário – nunca acabará. “O Pjes é um câncer que não vai sair nunca da Polícia Militar e dos bombeiros porque o próprio policial se joga para o bico de fora e a gente tem que trazer para dentro de casa, para ele não ficar tão exposto”. O aumento do valor da hora-extra está em avaliação, mas não nessa mesa, assegura.

Em passeata realizada na última terça-feira, dia 3, muitas esposas de policiais reclamaram do cansaço e estresse dos maridos pela necessidade de fazer hora extra para complementar o salário. O movimento também vem denunciando falta de munições, coletes vencidos, viaturas sucateadas e sem rádio de comunicação. “É tudo inverídico”, contestou o Coronel, confirmando apenas a ausência de rádio. “Mas estamos substituindo todas as viaturas (cerca de 1,6 mil) e elas virão com rádio”. (Com informações do JC Online. CONFIRA)