sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Governo do Estado tem Dívida de R$ 19 milhões com Hospital Português


Num ano de limitações orçamentárias, o governo de Pernambuco tem pela frente o desafio de quitar dívidas acumuladas na saúde. Na última terça-­feira, dia 17, foi cobrado pelo Ministério Público Estadual para saldar despesas de R$ 19 milhões contratadas junto ao serviço de cirurgia cardíaca do Real Hospital Português, no Recife. O débito é referente a procedimentos de alto custo realizados em quatro meses de 2015 e em nove de 2016.

O tratamento de cardiopatas foi reduzido na unidade e as equipes médicas estão sem remuneração, informou a promotora de Defesa da Saúde, Helena Capela. Ela convocou uma audiência com representantes do Estado e da clínica especializada do Hospital, a partir de denúncia das entidades médicas. No encontro, foi concedido um prazo de 20 dias para que a Secretaria Estadual de Saúde informe como vai pagar o passivo e garantir o atendimento das pessoas que precisam de implantes e outros procedimentos da cirurgia cardiológica. O Estado se comprometeu a iniciar o pagamento a partir do próximo mês.

O hospital realizava, pelo SUS, por ano, 1.200 cirurgias em cardiopatas graves. Em 2016, só fez o procedimento em 600, informou a promotora. "Os repasses do Ministério da Saúde para média e alta complexidade têm sido feitos regularmente. O Estado está assumindo além do que tem recebido ou algo errado existe, difícil de compreender", observou. Hoje, a mesma Promotoria da Saúde faz nova audiência com clínicas de radioterapia que também cobram dívidas e outras providências para evitar a paralisação do tratamento de portadores de câncer. Organizações sociais, que administram UPAs, UPAEs e hospitais, também esperam correção de déficits e débitos.

Em nota, a Secretaria de Saúde esclarece que, "ao longo de 2016, R$ 47,5 milhões foram repassados ao Hospital Português e que vem mantendo o diálogo para regularizar as parcelas em aberto". A SES se compromete a manter os repasses durante 2017 e alega que vem regulando o encaminhamento dos pacientes para uma melhor organização. Sobre a radioterapia, avisa que já está discutindo com os serviços a regularização dos repasses. (Com informações do Jornal do Commercio. CONFIRA)