O presidente do Sindicato de Combustíveis de Pernambuco
(Sindicombustíveis), Alfredo Pinheiro Ramos, negou as acusações de formação de
cartel por parte da entidade. Ele deu uma entrevista coletiva na tarde dessa
terça-feira, dia 15, na sede do sindicato, no bairro do Prado, Zona Oeste do
Recife. A entidade foi alvo da “Operação Funil”,
deflagrada na manhã de ontem, dia 15, pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE),
e que prendeu três funcionários do Sindicato.
Ao ser questionado sobre a existência de cartel nos postos de
combustível em Pernambuco, Ramos respondeu que “o Sindicato não orienta nenhum
revendedor em relação a preço de combustível” e que “tem como provar” a
ausência da prática. O presidente afirmou que os preços que os revendedores
compram combustíveis são públicos, disponíveis no site de Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e que a quantidade de impostos
cobrados nessa compra é que encarece o produto na bomba, para o consumidor
final.
“Pernambuco tem um dos menores valores cobrados em combustível no
Brasil”, afirmou. Sobre os “preços iguais” nos postos, Ramos replicou que os
lucros dos donos de postos são na base de centavos, e que “cartel pressupõe
alta lucratividade”. O presidente do Sindicato afirmou desconhecer o processo
do qual a entidade está sendo acusada e que “a imputação do crime é antecipada à
nossa defesa”. Reclamou que o único ramo que precisa divulgar publicamente os
seus preços na internet e que “a sociedade tem uma visão muito ruim” da Categoria.
Ramos afirmou que os três funcionários do Sindicato presos na operação
são do “carrinho de qualidade”, um “serviço prestado à sociedade” oferecido
pelo Sindicato. Segundo seu relato, os três presos iam nos postos testando a
qualidade do produto vendido e orientando os postos sobre a legislação e demais
serviços para regularizar a venda de combustíveis em Pernambuco.
OPERAÇÃO FUNIL - De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco,
as investigações sobre a formação de cartel nos postos de combustível começou
em julho de 2017. Além dos três mandados de prisão, foram cumpridos 27 mandados
de busca e apreensão, sendo 17 deles em postos e os outros 10 em residências,
nas cidades de Abreu e Lima, Igarassu, Moreno, Vitória de Santo Antão,
Paudalho, Glória do Goitá, Pombos, Gravatá e Bonito. Os presos foram
interrogados e encaminhados para o Centro de Triagem Professor Everaldo Luna
(Cotel), em Abreu e Lima. Funcionários do Sindicombustíveis, inclusive o
presidente, estão sob investigação. (Com
informações e imagens do JC
Online. CONFIRA)
Saiba mais sobre essa Corrida, clicando AQUI.