A categoria dos caminhoneiros acompanha com atenção o andamento das
negociações em Brasília sobre a alteração aos preços mínimos do frete. Segundo
informações divulgadas pelo jornal Estado de São Paulo, a preocupação é que o
lobby das grandes empresas consiga derrubar o recente acordo conquistado com o
governo, que resultou no fim da paralisação. “Se essa tabela cair,
vai ter uma greve pior que a última", afirmou o representante do Comando
Nacional do Transporte (CNT), Ivar Luiz Schmidt.
Em busca de acabar com a greve na última semana, o Governo correu contra
o tempo para definir a tabela de preço mínimo do transporte rodoviário.
Contudo, a preocupação da classe sobre essa conquista ainda é grande. "Não
vejo coisa muito boa vindo pela frente, mas vamos lutar para encontrar um
meio-termo para ambas as partes”, afirma o presidente da Associação Brasileira
dos Caminhoneiros (Abcam), José Fonseca Lopes, que liderou o movimento da última
semana.
“Tá todo mundo só esperando que a tabela seja derrubada para parar tudo
de novo”, alertou. “E, pelo que estou vendo no WhatsApp, pode ter certeza de
que isso vai acontecer”, ameaçou Ivar Luiz Schmidt, um dos líderes do Comando
Nacional do Transporte.
GOVERNO TRATA INFORMAÇÕES COMO
BOATOS - ''Não existe uma
articulação para refazer o movimento. Está se tentando criar um clima de
ansiedade, de preocupação e divulgando fatos infundados'', disse o Ministro da Segurança
Pública, Raul Jungmann, que acrescentou ter conversado com o ministro do
Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, ainda na última
sexta-feira, dia 1º, sobre a origem do boato. Segundo Jungmann, os boatos vão
ser objeto de um inquérito pela Polícia Federal e que “providências estão sendo
tomadas”. Ainda de acordo com o Ministro, há movimentos isolados que querem
retomar a greve, mas ressaltou: “nada semelhante” à greve que paralisou o País
por 10 dias, criando uma crise de desabastecimento de combustíveis e de
alimentos. (Com informações e imagens do
JC Online. CONFIRA)