quinta-feira, 7 de maio de 2020

VÍTIMA É DE GARANHUNS: Estelionatário se passa por Médico e faz Família de Jovem Internado com Suspeita de COVID-19 depositar quase R$ 6 mil para Falso Procedimento

 

Essa é destaque no G1/Caruaru:

Estelionatários seguem atuando mesmo diante da aflição das famílias que têm parentes lutando contra problemas de saúde, inclusive em suspeitas da COVID-19. Reportagem veiculada na TV Asa Branca, afiliada da Rede Globo na Região, registra o golpe sofrido pela pedagoga Fabiana França Vidal, que reside aqui em Garanhuns.   

É que um filho de Fabiana, de 24 anos, está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um Hospital Particular de Caruaru, com suspeita de COVID-19. Segundo a reportagem, o jovem está entubado desde a última sexta-feira, dia 1º, e um criminoso, aproveitando a fragilidade da Mãe e se passando por um Médico, fez com que a Pedagoga efetuasse um depósito de R$ 5.950,00 reais para custear um suposto tratamento médico.

De acordo com a reportagem do jornalista Diogo Franco, na manhã dessa terça-feira, dia 5, Fabiana recebeu um telefonema de uma pessoa que se passou por um Médico. Essa pessoa falou que precisava fazer um exame no filho de Fabiana e necessitava da autorização dela. Também disse que o custo para realizar o procedimento era de quase R$ 6 mil. "Meu filho está internado na UTI de um Hospital. Diante do quadro dele, hoje de manhã, ligou um Médico para mim e disse que ele teria feito um novo exame e que meu filho tava com uma infecção grande no pulmão e um coágulo. E seria necessário fazer um procedimento que a Unimed só iria autorizar após dez dias, e que ele não poderia esperar esse tempo todo, porque era urgente. Então, fui perguntada se eu autorizava fazer particular. E eu autorizei, lógico, porque o que eu quero é a cura do meu filho", afirmou Fabiana.

Somente após realizar a transferência pedida, a Pedagoga se deu conta de que tinha caído em um golpe. "Essa pessoa se passou por Médico e chegou a dizer que era diretor clínico da UTI. Na hora eu me desesperei, e eu só pensei em fazer a transferência do dinheiro e ele também chegou a dizer os documentos que eu precisava para ser reembolsada pela Unimed. Depois fiz a transferência, antes ainda tive um problema, pois meu aplicativo não permitia aquele limite e ele ainda ficou ligando pra saber se eu já tinha concluído a transferência. Eu avisei que já estava no banco para concluir a transferência completa e ele disse que já tinha autorizado o procedimento e que já estava sendo feito o procedimento, e que uma hora depois ele me daria notícias do meu filho", disse a Mãe.

"Resolvi ligar para o Hospital e falei direto com a assistente social. Ela disse que achava que isso não procedia, que iria entrar em contato com o pessoal da UTI para saber o estado do meu filho, mas que eu solicitasse ao banco o estorno. Daí liguei para o Gerente, que é meu amigo, e ele me informou que já havia sido sacado, sacaram na mesma hora. Sacaram uma parte no caixa eletrônico 24 horas, outro saque no caixa aqui e fizeram três transferências", pontuou Fabiana.

A Vítima procurou a Delegacia de Polícia Civil de Garanhuns e denunciou o caso. A pedagoga explicou que o golpe foi dado direto do estado do Mato Grosso. "Conseguiram localizar e agência bancária, os saques foram feitos no Mato Grosso. Já fiz o boletim de ocorrência, e a partir disso iremos tentar descobrir para quem foi transferido, para que saibamos quem são as outras pessoas envolvidas. Porque eles sabiam tudo, meu número, número da minha prima que está lá cadastrada no hospital, sabiam nome do meu filho completo, sabiam a doença que ele tinha e foram direto no ponto fraco que é a doença do pulmão. Ficou claro que eles tinham acesso a tudo", declarou.

O diretor financeiro da Unimed Caruaru, Pedro Melo, informou que assim que tomou conhecimento sobre o ocorrido, o Hospital entrou em contato com a Vítima, registrou um Boletim de Ocorrência e iniciou um processo interno de apuração para saber se houve uma fragilidade de dentro para fora. "O nosso objetivo é chegar ao mais perto possível de como isso se projetou. Não existe nenhum tipo de cobrança da Unimed por telefone, ela convoca o usuário para resolver algum tipo de problema, caso exista. Nenhum tipo de procedimento necessário precisa ser pago em espécie", declarou o Diretor. (Com informações e imagens de Diogo Franco/TV Asa Branca/G1. CONFIRA)