Enquanto o PSB nacional flerta com algumas figuras de fora do campo político, na busca do seu candidato a Presidente para as eleições de 2022, em Pernambuco os palanques parecem estar mais claros. A previsão é que o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), se desincompatibilize do cargo em abril, prazo máximo estipulado pela legislação eleitoral. O que ainda não está definido é se ele deixará o Governo do Estado para disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, ou será indicado para compor a vaga de Vice em uma chapa presidencial.
"Isso está em discussão, não tem nada fechado. Há algumas semanas também foi falado que ele poderia ser candidato a Vice-presidente da República. Até abril, há um longo processo e as avaliações estão sendo feitas", declarou um socialista, em reserva. Outro socialista brincou ao comentar o assunto: "Onde há fumaça, há fogo", confirmando em seguida que as conversas e avaliações estão sendo feitas sobre o futuro político do Governador.
Com o nome do ex-prefeito do Recife e secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Júlio, cotado para ser o candidato ao Governo em 2022, no tocante ao Senado, o partido tem ponderado lançar Paulo para este pleito. Acontece que o PSB lidera uma frente ampla com mais de 10 partidos, e com apenas uma vaga na chapa majoritária, seria mais viável contemplar um aliado nessa formação - o que tornaria a postulação de Deputado Federal, uma via mais segura para Câmara.
Sobre a possibilidade de ser indicado para Vice, a
leitura que se faz dentro do PSB, é de que a nível Nordeste, a única liderança
forte e representativa que o Partido possui hoje, seria o governador Paulo
Câmara. A escolha pelo chefe do Executivo traria “equilíbrio” em uma chapa,
possivelmente encabeçada por um candidato do Sul/Sudeste. “Seria um equilíbrio
natural, ter a presença de um representante do Nordeste na chapa. Dependerá
muito da composição que será feita daqui pra lá, nada tem sido descartado,
inclusive a possibilidade de Paulo permanecer no cargo até o final do mandato”,
armou outro socialista, também em reserva.
Com a saída de Paulo Câmara, quem assumiria o Executivo seria a vice-governadora Luciana Santos. Todavia, nos bastidores, comenta-se que dificilmente ela não disputaria uma vaga na Câmara dos Deputados, o que pode abrir vaga para que o Presidente da ALEPE, o deputado Estadual Erivaldo Medeiros (PP) assuma o cargo de Governador. (Com informações de Mirella Araújo/JC Online. CONFIRA)