segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Ministério Público pede interdição do Matadouro Público de Garanhuns



O Ministério Público de Pernambuco, através da Vara da Defesa da Cidadania de Garanhuns, solicitou ao Poder Judiciário a interdição provisória do Matadouro Público do Município. O Pedido foi efetuado pelo Promotor Alexandre Bezerra na última sexta-feira, dia 23.

O problema é antigo, em abril passado, o MP voltou a tratar das precárias condições de funcionamento do abatedouro público, já que acordo firmado ainda na Gestão Luiz Carlos não foi cumprido. Como o atual Governo não poderia ser responsabilizado, o Ministério Público ajuizou ação civil pública com pedido de tutela antecipada contra a Prefeitura de Garanhuns e a empresa C. C. Curvas Construções – que administra o Matadouro-, concedendo-lhes 120 dias para sanar as irregularidades constatadas pela Vigilância Sanitária; Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (ADAGRO) e pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) no matadouro público municipal.

Passado o prazo estabelecido e diante do não cumprimento do novo acordo por parte do Governo Municipal, desta feita pela Gestão Izaías Régis, o MP voltou a intervir.  

“Infelizmente ao final desse prazo de 120 dias, a situação ao invés de melhorar, piorou!. Não restou, portanto, outra saída ao não ser pedir, agora, a interdição provisória do abatedouro e aí se o Juiz acatar essa solicitação do Ministério Público o abatedouro será interditado e só será reaberto diante de condições ambientais e sanitárias adequadas ao seu funcionamento”, registrou o Promotor Alexandre Bezerra, em entrevista veiculada pela Marano FM.    

Segundo informações do MP, há deficiência em todos os setores do Abatedouro, desde a concentração dos animais até a distribuição da carne, passando pela liberação de resíduos orgânicos de forma inadequada no solo (o que acaba contaminando riachos e rios que integram a bacia do Mundaú). Para a Vigilância Sanitária, o processo de abatimento dos animais e a condição sanitária do local precisam de melhorias urgentes. Caso contrário, várias regras estarão sendo desrespeitadas, como: as normas básicas para o desenvolvimento das atividades, a relação de consumo e ainda há o risco de proliferação de doenças.

“O Ambiente (Matadouro) do ponto de vista Sanitário não é adequado!. Pode haver durante o abate, contaminação do produto, da carne animal. E mais que isso, essa carne, depois de abatida, ela é distribuída à população, aos consumidores, de maneira imprópria, através de caminhões que não são frigoríficos”, argumentou o representante do Ministério Público em Garanhuns. 

Caso o Matadouro Público seja interditado pela Justiça – que deve se pronunciar a qualquer momento -, os profissionais que atuam no Setor terão como opção, até que a Prefeitura de Garanhuns adote as providências necessárias, o Matadouro de Paranatama, recentemente inaugurado pelo Governador Eduardo Campos.