Essa é destaque na
Coluna Pinga-Fogo do JC deste domingo, 17/11/2013:
“Quem conhece Eduardo Campos sabe que o governador,
apesar de estar focado no projeto nacional, não perde de vista o cenário local.
Até como parte desse projeto presidencial, ele não abre mão de eleger o próprio
sucessor. Por isso, mantém um olho no padre e outra na missa. Como a fase, pelo
menos por enquanto, não é de melindrar diretamente os aliados, delegou essa
missão a um dos fieis escudeiros: Milton Coelho. Sem citar nomes, deu um puxão
de orelha no trator Fernando Bezerra Coelho, que tem se movimentado como se
tivesse sido ungido por Eduardo à condição de candidato a governador.
Milton Coelho, porém, frisou, em entrevista ao JC, que esse comportamento impetuoso pode
comprometer a base de apoio de Eduardo e cultivar arestas no PSB e dentro do
governo. O ex-ministro está se excedendo e incomoda. Não tem autoridade para
falar como pré-candidato a governador, ocupando o espaço sem o aval de Eduardo,
o condutor do processo. No PSB, o momento é de agregar e de erguer pontes para
Eduardo construir uma imagem positiva no nacional.
Do jeito que está atuando, FBC cria uma saia
justa e pode levar Eduardo a agir antes de alinhavar o projeto local. Seja quem
for o candidato, ele vai surfar em cima do legado dos dois governos do PSB. O
próprio governador sabe que o fim de seus mandatos atiça muita gente. Por isso,
permanecerá com a caneta na mão até abril, prazo final para sair e disputar a
eleição. Mesmo assim, o monitoramento vai continuar”.