Essa é destaque no JC-online:
“O
rearranjo das forças internas do PT pernambucano começa a gerar reações locais,
com partidos da base da presidente Dilma Rousseff se sentindo mais à vontade
para se colocar em oposição ao PSB e ao governador-presidenciável, Eduardo
Campos. Pré-candidato à sucessão estadual, o senador Armando Monteiro Neto
(PTB), em périplo pelo Sertão no final de semana, creditou ao PSB a
responsabilidade pelo rompimento da Frente Popular e assegurou que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará no Estado reforçando o palanque
de Dilma e demais aliados.
“O PTB
não promoveu um rompimento dentro da Frente Popular. O que ocorreu é que o PSB,
que é o partido do governador Eduardo Campos e, portanto, liderava a nossa
aliança aqui, entendeu que deveria lançar uma candidatura à Presidência da
República, o que eu considero um projeto legítimo. Com isso, a responsabilidade
pela dissolução da Frente Popular não é nossa, é do PSB”, disse o senador, em
entrevista a rádios do Sertão.
Armando
Monteiro lembrou que a legislação prevê a possibilidade de reeleição e que,
portanto, seria um “abandono” deixar a aliança nacional com o PT. “E nós
entendemos que, como estávamos na base de apoio da presidente, como ela tem o
direito que a legislação lhe assegura, de poder disputar a reeleição, não
seria, a meu ver, próprio que no meio do caminho pudéssemos pular do barco,
abandonar a presidente Dilma, dar as costas ao presidente Lula, que fez tanto
por Pernambuco. A partir daí, nós vamos tomar caminhos distintos”, disse.
O senador
não faz afagos de um simples aliado. Trabalha atualmente para ter o PT no seu
palanque estadual. Sendo assim, tem estabelecido conversas constantes com as
lideranças nacionais do partido, especialmente o ex-presidente Lula, com quem
esteve no final do mês passado no Instituto Cidadania, em São Paulo.
“Estive
duas semanas atrás com o presidente Lula e ele me transmitiu que estará
engajado na campanha em Pernambuco, vai estar no Estado pedindo voto, pedindo
apoio do povo para garantir a reeleição da presidente Dilma. E tenho certeza de
que vamos ter um palanque muito forte em Pernambuco”, afirmou Armando Monteiro.
As principais obras em execução no Estado,
segundo Monteiro Neto, têm as digitais do governo federal. O PT, durante o ato
da última sexta-feira (22) – quando foi oficializada a gestão compartilhada à
frente da direção estadual por Teresa Leitão e Bruno Ribeiro – deixou evidente
que buscará o debate da paternidade de projetos como a vinda fábrica da Fiat, o
Estaleiro Atlântico Sul e a Refinaria Abreu e Lima, ambos no Complexo de Suape,
na Região Metropolitana”.