A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) identificou, a partir
de denúncias de cidadãos e dos vereadores Gil PM (reeleito) e Marinho da Estivas (eleito) (saiba mais clicando AQUI), a retirada de água sem autorização das barragens do Cajueiro e
Mundaú, que junto com o manancial de Inhumas, realizam o abastecimento dos
municípios de Garanhuns, São João e Angelim e o distrito de São Pedro, aqui no
Agreste. Com o apoio da Compesa, a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC)
autuou em flagrante empresas do setor de avicultura, retirando água de Mundaú.
De acordo com o gerente de Unidade e Negócios da Compesa em Garanhuns,
Igor Galindo, as empresas terão que pagar uma multa equivalente a 13 dias de
retirada de água da Barragem Mundaú, período no qual foi identificado o desvio
até a autuação feita pela APAC. Mundaú está com 90% da sua capacidade, que é de
2 milhões de metros cúbicos de água. A Compesa também identificou Prefeituras e
outras empresas da região que estavam retirando água de forma clandestina da
Barragem do Cajueiro, que hoje apresenta 75% da sua capacidade de acumulação,
em torno de 14,5 milhões de metros cúbicos de água.
"Estamos fiscalizando e notificando essas empresas e prefeituras e,
na sequência, regularizando a situação. Faremos contratos e direcionaremos a
retirada controlada de água da Barragem de Cajueiro, dentro do limite que a
Compesa entende como sustentável para explorar o recurso", explicou o Gerente,
acrescentando que na Barragem de Inhumas não foi registrada a retirada
clandestina de água.
Em Belo Jardim, em função do colapso do abastecimento no Município,
indústrias e avicultores procuraram a companhia em busca de uma solução para
serem abastecidos nesse momento de crise hídrica. Algumas indústrias de grande
porte da Cidade, inclusive, estão buscando água em Caruaru, até que a companhia
finalize contratos para o fornecimento de água bruta por meio da Barragem de
Pau Ferro, localizada em Quipapá. A Compesa vai oferecer a água e os
solicitantes assumem os custos com a contratação dos carros-pipas.
Segundo o gerente de Unidade de Negócios da Compesa em Belo Jardim,
Gilvandro Barbosa, a Barragem de Pau Ferro, que está com 95% da sua capacidade
máxima - 12 milhões de metros cúbicos de água - abastece as cidades de Lajedo,
Calçado e São Bento do Una, com uma vazão de 120 litros de água por segundo.
"Estudos apontaram que Pau Ferro tem condições totais de atender essa
demanda, tendo em vista que a vazão de regularização do manancial é de 200
litros de água por segundo. Dessa forma, temos uma vazão de 80 l/s que podem
ser retirados sem afetar a barragem", contextualiza Gilvandro Barbosa. Pau
Ferro foi destinada inicialmente para atender Lajedo, no entanto, com o colapso
das cidades de São Bento do Una e Calçado, a companhia realizou uma obra para
implantar 13 quilômetros de adutora e um conjunto de motor bomba para atender
emergencialmente esses dois municípios, em setembro deste ano.
O sistema integrado do Bitury e Pedro Moura era responsável pelo
abastecimento das cidades de Belo Jardim, Tacaimbó, Sanharó e São Bento do Una
até maio deste ano, quando entrou em colapso. "O que levou as nossas
barragens a registarem um baixo nível ou entrarem em colapso foi a estiagem
severa, comprovada pelos índices pluviométricos. Desde 2012 que não chove mais
do que 10% de 800 milímetros, que era a média histórica anual para a nossa
região. A solução definitiva será a Adutora do Agreste, que vai trazer água da
transposição do Rio São Francisco para toda a região" informa o gerente
Gilvandro Barbosa. (Com informações do
Portal V&C Garanhuns - http://www.vecgaranhuns.com/)