A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito chegou ao recorde de
482,1% ao ano, em novembro, segundo o Banco Central (BC). A taxa subiu 6,3
pontos percentuais em relação a outubro e foi a maior da série histórica
iniciada em março de 2011.
O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o
valor integral da fatura do cartão. Na última quinta-feira, dia 22, o Governo anunciou
a limitação da permanência do cliente no rotativo do cartão de crédito por 30
dias. Essa medida ainda será implementada e poderá reduzir pela metade da taxa
de juros do cartão de crédito, a partir do fim do primeiro trimestre do ano que
vem, segundo previsão do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, disse que é
preciso aguardar uma melhor definição das medidas para avaliar o feito na
redução dos juros. “A expectativa é que as medidas tragam maior racionalização
do uso do cartão de crédito e com isso redução de custos”, disse. Acrescentou
que, mesmo sem as medidas, atualmente é possível fugir dos juros caros do
rotativo, optando, por exemplo, pelo parcelamento do saldo da fatura do cartão.
Em novembro, os juros do crédito parcelado ficaram em 155% ao ano. “O crédito
rotativo é emergencial, por prazo curto, em algumas situações que precisam de
crédito imediato”, especificou.
Outra taxa de juros alta na pesquisa mensal do BC é a do cheque
especial, que chegou ao novo recorde de 330,7% ao ano. Essa é a maior taxa da
série histórica iniciada em julho de 1994. A taxa média de juros para as
famílias ficou estável em 73,6% ao ano, em novembro, comparada a outubro. (Com informações do JC online. CONFIRA)