A ex-presidente Dilma
Rousseff afirmou nesse sábado, dia 8, que tem o temor de que ocorra alguma
manobra para retirar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva das eleições de
2018. Ela lembrou em palestra no Brazil Conference at Harvard & MIT,
organizado por estudantes brasileiros, que Lula tem 38% das pesquisas
"apesar de tudo que já fizeram com ele." "Me preocupa que
prendam o Lula e tirem ele da
parada", disse Dilma, quando afirmava que é contra mudanças na regra do
jogo com a bola rolando.
"Deixa ele concorrer para
ver se ele não ganha? Isso é o que todo mundo aqui sabe. Dilma disse que apoia
a Lava Jato, que só ocorreu por causa das leis que ela propôs, mas disse que
não pode deixar de condenar alguns abusos: "Não é admissível juiz falar
fora de processo, em qualquer lugar do mundo. O juiz não pode ser amigo do
julgado. Não é possível qualquer forma de violação do direito de defesa",
disse ela em crítica indireta, que muitos dos presentes entenderam ser
destinada ao juiz Sérgio Moro ou a ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar
Mendes, ambos também palestrantes do evento em Cambridge. Apesar de demonstrar
apoio à Operação Lava Jato, Dilma ressaltou que a investigação tem sido usada
politicamente, o que, segundo ela, pode "comprometer o sistema
democrático" brasileiro.
Também presente no evento, o
juiz Sérgio Moro defendeu a Operação Lava Jato, afirmou que Caixa 2 em campanha
eleitoral é uma trapaça, "um crime contra a democracia, dinheiro sujo nas
eleições" e reiterou também que não faz a menor questão de foro
privilegiado. (Com informações do Jornal
do Commercio. CONFIRA)