domingo, 10 de maio de 2020

PANDEMIA DO COVID-19: Ministério Público recomenda que Prefeito reverta suspensão de Contratos de Servidores


O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou ao Prefeito de Cachoeirinha anular o Decreto Municipal nº 031/2020 e a Portaria nº 364/2020, que estabeleceram a suspensão dos contratos temporários de professores da Rede Municipal de Ensino. Por meio da recomendação, o MPPE pleiteia que o Gestor Público reverta à suspensão dos contratos e busque adotar medidas alternativas, como a concessão de férias coletivas, trabalho remoto ou mesmo a ampliação do banco de horas da categoria.

“Esses profissionais foram contratados no fim de 2019, por meio de uma seleção simplificada. Agora, com a pandemia do Coronavírus, o Prefeito optou por suspender os contratos, o que na prática deixou os professores sem pagamento. Porém, como eles ainda possuem vínculo formal com o Município, não podem recorrer ao auxílio emergencial, o que está causando problemas para sua subsistência”, ressaltou o promotor de Justiça Diogo Vital.

Prefeito de Cachoeirinha - Ivaldo Almeida
Ainda segundo o promotor de Justiça, a legislação municipal que disciplina as contratações temporárias não prevê a hipótese de suspensão contratual. A possibilidade de suspensão foi determinada através do Decreto Municipal nº 031/2020, ato administrativo que não poderia ser utilizado para ampliar as competências de uma Lei Municipal. Também não existe previsão para a suspensão de contratos temporários na Lei Federal nº 13.979/2020, que dispõe sobre as medidas de enfrentamento ao COVID-19.

A única hipótese permitida é a rescisão contratual, medida que, no entendimento de Diogo Vital, poderia trazer prejuízos futuros aos estudantes, visto que com a rescisão dos contratos a Prefeitura de Cachoeirinha seria obrigada a fazer uma nova seleção de professores antes de retomar as aulas presenciais, gerando mais atrasos no calendário escolar de 2020. (Com informações do MPPE. CONFIRA)