Barregem do Gurjão - Foto: Junior Artes |
Moradores
dos municípios de Capoeiras e Caetés estão preocupados com a possível escassez
de água em suas casas. A seca, que já dizimou plantações e reduziu o número de
cabeças de gado, agora ameaça de colapso da Barragem do Gurjão, manancial usado
pela Compesa para captação da água que abastece a população das duas cidades.
De acordo
com o blogueiro Raimundo Lourenço, no último dia dois, a barragem operava com
38% da sua capacidade. Mesmo com o baixo coeficiente, dezenas de caminhões pipa
insistiam em retirar água diariamente, o que levou a população a procurar
autoridades para que proíbam o uso indiscriminado do reservatório como medida
para que se evite o iminente colapso da barragem.
Segundo a denúncia, foi instalada no local uma bomba do tipo jangada e a
retirada de água, que acontece dia e noite sem qualquer controle, é feita para
abastecer granjas no município de São Bento do Una. Além dos carros pipas, há
ainda quatro pequenas elevatórias que captam água para abastecer o povoado de
Maniçoba e vários pequenos agricultores que residem próximo à barragem.
De acordo
com o radialista Marcos Cardoso, informações extra-oficiais vindas da Compesa
indicam que caso não haja chuvas nos próximos 30 dias, o abastecimento d´água
em Garanhuns poderá vir a ser comprometido. O comunicador chegou a alertar em
seu Blog, quanto à necessidade de que todos colaborem, economizando água,
evitando, por exemplo, lavar carros e calçadas diariamente.
SITUAÇAO DE EMERGÊNCIA - Em razão da falta de chuvas, o
Governo do Estado declarou “situação de emergência”, na última terça-feira, nos
64 municípios do Agreste pernambucano.
O decreto tem validade de 180 dias e dá condições aos
respectivos prefeitos de realizarem despesas sem necessidade de licitação. O decreto foi fundamento em parecer técnico expedido pela
Comissão de Defesa Civil do Estado de Pernambuco (CODECIPE).