quinta-feira, 18 de julho de 2013

Ney volta ao FIG mais exuberante do que nunca



Durante quatro décadas, o Brasil vem acompanhando as metamorfoses de um dos artistas mais versáteis e camaleônicos da nossa música. Sempre atento aos sinais do seu tempo e ousando, como sempre, ir além dele, Ney de Souza Pereira é o nome do homem do qual explode o cantor Ney Matogrosso, dono de uma voz marcante e um dos mais inventivos e exuberantes performers da MPB. 

Em comemoração aos seus 40 anos de carreira, ele vem percorrendo o Brasil com a turnê “Atento aos sinais”, em que se reinventa novamente, trafegando pelo universo pop com arrojo e sofisticação. E Garanhuns terá a oportunidade de conferir esse novíssimo trabalho, na abertura do FIG 2013, quando também se apresentam a Ópera Bajado, Gaiamálgama (de Garanhuns), Caravana Rabequeiros de Pernambuco e Naná Vasconcelos. Ney Matogrosso encerra a primeira noite do festival, nesta quinta (18/7), a partir das 23h40, no Palco Guadalajara, que já recebeu o artista em outras edições do FIG.

Em “Atento aos sinais”, Ney usa e abusa da sensualidade que lhe é característica e da voz peculiar para cerzir canções que ganham uma roupagem pop e de peso. No repertório, escolhido a dedo, ele mescla canções de nomes consagrados e de novos compositores. Estão presentes Paulinho da Viola, Caetano Veloso, Arnaldo Antunes, Lenine, Criolo, Itamar Assumpção, entre outros. Ney dá voz a canções como “Vida louca” (Lobão), “Roendo as unhas” (Paulinho da Viola), “Fico louco” (Itamar Assumpção) e “Oração” (Dani Black), música que inspirou o título da turnê.

O show também traz ao palco, segundo Ney,  a mais grandiosa estrutura já utilizada por ele em suas turnês. Cenários, iluminação e figurino de grande porte emolduram a performance do artista. Com direção musical de Sacha Amback, “Atento aos sinais” contará com vídeo cenário criado por Luiz Stein e Marcus Paulista, e objetos de cena de Milton Cunha. Ocimar Versolato (parceiro de Ney desde 1994) assina mais uma vez o figurino junto a Milton Cunha e Marta Reis. Uma superprodução à altura de um artista que tem na visualidade uma das suas formas de expressão mais marcantes. Dessa vez, o Ney Matogrosso exuberante e provocador ganha a cena, com um arsenal de elementos visuais que destacam sua presença, com o frescor de quem está (re)nascendo artisticamente. Sempre. (por Leonardo Vila Nova)