“Responsáveis
pelo frisson em torno da corrida sucessória, os dois pré-candidatos colocados
para a sucessão do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) - o senador
Armando Monteiro Neto (PTB) e o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB) -, estão com o pé na estrada e já rodaram muitos quilômetros a menos de um ano antes da eleição de 2014. Uma nova “pisada” foi iniciada
logo após o fim do prazo de
troca partidária, no início de outubro.
Com a barreira
de ainda precisar ser o indicado pelo líder socialista, o ex-ministro da
Fernando Bezerra Coelho terá que demonstrar apoios e habilidade suficientes
para descartar os outros cinco correligionários-concorrentes no PSB: o
secretário de Casa Civil, Tadeu Alencar, o secretário de Governo, Milton
Coelho, o secretário de Saúde, Antônio Figueira, o secretário das Cidades,
Danilo Cabral e o vice-governador, João Lyra Neto.
Por conta disso,
Bezerra Coelho colocou o bloco na rua para tentar montar um leque de apoiadores no interior, reforçando seu
nome. Desde a segunda quinzena de outubro, o ex-ministro da Integração já
percorreu nove cidades de Pernambuco. Moreno, Camaragibe, Recife, Goiana,
Paulista, Água Preta, Salgueiro e Parnamirim. Nas andanças que faz, o
socialista sempre conversa com vereadores, lideranças comunitárias, prefeitos e
ex-prefeitos. Debaixo do braço, ele leva a prestação de contas de seu mandato como
ministro da Integração Nacional, apontando
os investimentos que patrocinou ao longo dos seus quase três anos à frente da
pasta.
Quando assumiu o
mandato de senador, em 2011, Armando Monteiro Neto, começou a andar por
Pernambuco. De lá para cá visitou 120 dos 183 municípios pernambucanos, onde é
recebido por prefeitos, ex-prefeitos e vereadores de todas as colorações
partidárias.
O senador do
PTB, que está à frente nas pesquisas de intenções de votos para o governo do
Estado, não precisará ser escolhido dentro de seu partido, como acontece com
Bezerra Coelho. Tendo largado na frente, já vem angariando apoios de partidos
como o PT e o PP, que prometem seguir com ele na corrida sucessória. Monteiro
Neto enfrentou, contudo, o imenso assédio do PSB sobre suas bases no período da
janela de filiação partidária, encerrada em 5 de outubro.
Numa cruzada intensa,
Armando Monteiro chegou a visitar sete cidades em um único final de semana,
fora do expediente na Câmara Alta.
A meta dos dois
é andar o maior número possível de municípios durante o período de
pré-campanha, afinal, quando for dada a largada oficial, os caminhos serão
refeitos e as cidades revisitadas”. (Bruna
Serra/JC)