O site Daily
Mail entrevistou com exclusividade Jorge
Beltrão Negromonte, de 54 anos, um dos condenados no caso dos Canibais presos
em Garanhuns, que matavam as vítimas e comiam a carne, além de fazer recheio de coxinha com os restos humanos.
No texto publicado
nesta quarta-feira, dia 17, o repórter narra suas impressões e relatos ouvidos
dentro do presídio. Entre esses relatos está a de um guarda, que conta como
Negromonte se dá bem com seus companheiros de cela, onde brincava que queria
trabalhar no preparo de alimentos da cozinha do presídio.
Na entrevista,
Negromonte fala sobre seu gosto por carne humana. “A carne humana, para mim,
não é diferente de carne [de animal]. Ela tem o mesmo gosto e a mesma
consistência suculenta. Não é mais gostoso do que a carne [de animal], mas
também não é menos gostoso”.
Negromonte, que é
ex-professor universitário, justificou seus crimes, dizendo que as mulheres que
ele matou dariam à luz a ladrões e vagabundos futuramente. Junto com sua mulher
Isabel Pires, de 54 anos, e a jovem amante Bruna da Silva, de 27 anos, ele
criou um culto macabro, acreditando que eles estavam ajudando a livrar o mundo
das energias negativas. Comer a carne humana seria a purificação do
assassinato.
O canibal conta
que o preparo da carne era feito em forma de guisado e que não se recorda de
ter comido carne humana frita. “Comprei um aparelho para Bruna picar a carne,
mas não sei se ela usou. A carne durava três ou quatro dias e comíamos no
almoço e no jantar”.
O acusado revelou
também na entrevista que as mortes foram inspiradas em um livro de rituais
satânicos, no qual aprendeu o ritual de purificação por meio da ingestão de
carne humana.
Jorge se mostra
indignado pelo fato de nunca ter conseguido ter filhos. Isabel, sua mulher,
teria sofrido aborto mais de uma vez e teria até começado a fazer um tratamento
para engravidar, mas nunca conseguiu. E é com essa declaração que Negromonte
mostra seu lado megalomaníaco e narcisista sobre a "injustiça" de
nunca poder ter tido uma família completa. “E então você olha ao redor e há
pessoas com filhos em todos os lugares, pessoas sem instrução, mas que tem um
filho atrás do outro. Eles [pais] não têm nada de valor para passar para eles.
Eles vêm aqui [na cadeia] para visitar seus filhos. Eles sequer falam português
corretamente. Me perturba ouvir as pessoas falando de forma incorreta. Para o
governo, quanto mais pessoas ignorantes tiver, melhor. Mas eu não acho que eles
estão certos, eles precisam ser detidos. Eles estão apenas produzindo ladrões”.
E com
ressentimento, Negromonte diz ser tão vítima quanto suas vítimas. “A dor que as
famílias estão sofrendo é a mesma dor que eu estou sofrendo. Eu também estou
sentindo a dor de não ter uma família. Eu me vejo como uma vítima também”.
Durante a
entrevista, o condenado ainda se comparou a Leonardo da Vinci, Einstein,
imperador romano Nero, e Moisés. E disse sofrer de esquizofrenia paranoica,
alegando que sua amante Bruna se aproveitava dos momentos de crise para
induzi-lo a matar.
Para
"atestar" seus delírios, Negromonte contou que, em meio a uma crise,
na qual ouvia vozes, quase matou um guarda, o que só não aconteceu porque um
colega teria fechado a cela. “Bruna sabia que ela poderia me controlar. Ela era
a única que queria assassinar as mulheres. Foi ideia dela comê-los, porque eu
tinha violado o sétimo mandamento [Não Matarás] e precisava ser purificado. Ela
me convenceu a parar de tomar os meus medicamentos, porque ela sabia que eu
iria começar a ter meus ataques e, em seguida, ela poderia me usar. Goste ou
não, se não fosse por causa da Bruna eu não teria feito as execuções. Ela foi
capaz de me dominar”.
Um dos contornos
mais macabros da história foi quando o trio matou uma jovem que tinha uma filha
de um ano e meio. Negromonte contou na entrevista que Jéssica morava há três
meses com ele na mesma casa que a mulher e a amante e diz que, por ciúmes,
Bruna o manipulou e o fez matar a menina e que não se lembra de nada. “Eu só me
lembro de flashes. Sangue jorrando do pescoço, seu corpo sem vida no banheiro
e, em seguida, ela em pedaços no chão do banheiro. Eu só acordei no dia
seguinte com tudo já limpo. O bebê estava no berço. Bel e Bruna tinha limpado
tudo. Eles tinham enterrado seus ossos no quintal”. A carne da vítima foi
consumida pelos três e também dada à criança, que comeu a carne da própria mãe.
De acordo com a entrevista, Negromonte revelou com exclusividade que haveria outra vítima, mas que não tinha sido preso porque um policial corrupto teria aceito sua casa para deixar o caso de lado e foi então que se mudaram para Garanhuns. (Com informações do Portal R7. Saiba mais. Clique AQUI).
De acordo com a entrevista, Negromonte revelou com exclusividade que haveria outra vítima, mas que não tinha sido preso porque um policial corrupto teria aceito sua casa para deixar o caso de lado e foi então que se mudaram para Garanhuns. (Com informações do Portal R7. Saiba mais. Clique AQUI).